Clerisvaldo B. Chagas, 10 de fevereiro de 2021
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.461
Esses simpáticos roedores podem ser uma praga para a agricultura, porém já alimentaram milhares de pessoas nas grandes estiagens sertanejas. São caçados a tiros, com armadilhas chamadas aratacas e de muitas outras formas.
Nessas alturas da vida, pensei que não mais existissem esses atrativos cavídeos, devido à fome, ao desmatamento e a intensa caça predatória.
Fui, então, surpreendido pela belíssima foto do secretário da Agricultura municipal, Jorge Santana, fruto das suas constantes andanças pela zona rural. A fotografia representa o sítio Barriguda, cortado pela AL-130, onde está exposto o sapo de pedra – atração turística – feito por artista local. Achei a foto a mim enviada, uma relíquia. Representa um casal de preás, logo cedo do dia, tomando Sol nas pedras do entorno da toca matriz. Além disso ainda tem um pequeno facheiro, vegetal espinhento da caatinga e as rochas de granito rachadas pelas intempéries. É o meu Sertão alagoano ensolarado e palpitante de vida selvagem montado nas coisas tão belas, presentes do Criador.
Passe Corona, passe que eu quero voltar aos campos da minha terra com máquina fotográfica, água no cantil embornal a tiracolo e muito amor no coração. (FOTO: JORGE SANTANA).
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