Por Guilherme Machado
Foi por volta de 1929 em sua primeira ida a cidade de Capela Sergipe... Depois de passear e até ir ao cinema da cidade, Lampião sempre dominado pelo erotismo, foi até a casa da Prostituta por nome Enedina. Ordenou-lhe que deixasse as portas da frente e dos fundos abertas, e disse-lhe: "Se aparecê os macacos (policiais) por uma ou por outra eu tenho que sair por cima deles" No quarto cuja porta Lampião a trancou por dentro, desfez se todos os embornais, cartucheiras, armas e roupas, ficando apenas de alpercatas e de camisa de meia a tal da camiseta. Ao se despir a rapariga quis ser gentil, e quis ajuda-lo. Ele e deteve a com um gesto:
Não pegue em nada: Minhas armas e neste borná só pode alguém pegar depois de morrer o Capitão Lampião. Pôs o fuzil e o parabellum ao alcance das mãos, sobre a cama ele colocou seu longo punhal... Depois do rala e rola Lampião suspirou e falou uma frase digna de um super amante ( Este quarto não cabe a metade dos cabras que este aqui tem sangrado, levantando o punhal em direção aos céus) Deu setenta mil réis a Enedina" e lamentando falou? é uma pena que o comercio não estar aberto para eu comprar para você um vestido e um perfume dos bons!!!
Fonte: Do livro O incrível mundo do Cangaço vol.2 autor: Antonio Vilela de Souza.
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