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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

FIM DE MÊS

 Clerisvaldo B. chagas, 1 de dezembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.807

Chega o final do mês de novembro, como foi previsto pelos espíritas “tudo vai mudar”, E não somos nós apenas que estamos notando as mudanças no mundo, principalmente sobre o tempo. Novembro, o mês dos ventos para nós do sertão, este ano não aconteceu tantos ventos fortes assim. Final de outubro, quis ensaiar os sopros consistentes, mas ficou por aí. E também sobre a secura do mês que geralmente não chovia e que poderia acontecer ou não uma trovoada, foi diferente. Um mês praticamente chuvoso com alternância dos dias, mas coisa nunca vista por aqui. Hoje mesmo, dia 30, o dia foi nublado com pancadas de chuvas e aspecto de inverno em algumas horas do dia. Quer dizer, tudo está bem diferente após os castigos divinos do Covid 19.

Em várias horas do período, vamos dar uma espiada na rua e até nos causa arrepios. Nem uma viva alma, nem um gato, nem um bicho... E retornamos ao interior da residência pensando: “Será que estamos sozinhos no mundo?”. Tudo, tudo de fato diferente. Quanto ao tempo para o campo, uma riqueza, coisa nunca vista pelos mortais de mais de 70 anos de zona rural. Por algumas poucas horas, os jogos da copa conseguem quebrar a monotonia que se abate pela urbe. E nem presta para engendrar ideias de como será o mês de dezembro na situação temporal da Terra, mas para esquecer as diferenças existenciais, podemos prever boa movimentação financeira no período natalino, com aquelas mesmas esperanças que insuflam a consciência no aniversário de Jesus.

E se os jogos da copa, não só do Brasil, mas de todas as seleções vão mostrando suas curiosidades, também correndo as lembranças dos jogos do interior; nas ruas, nos campinhos, nos areais do rio seco Ipanema. Bola cobrindo o adversário, era lance chamado “banho de cuia”. Bola passando por entre as pernas do oponente era drible “por debaixo da saia” e, bola por um lado e alcance por outro, chamava-se “arrodeio”. Estamos traduzindo o ontem do hoje, respectivamente: ‘chapéu”, “caneta” e “drible da vaca”, será que deu para entender? Estar bem pertinho de terminar essa euforia da copa. Será que a monotonia pós-Covid retorna ou vamos continuar levando da Natureza o drible da vaca?

Paciência, Zé.



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