Clerisvaldo B. Chagas, 19 de maio de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.887
Diante de uma
plateia educada e atenta, ministramos palestra sobre parte da história de
Santana com alguns episódios, onde desaguamos novamente na Santana
industrializada, nas grandes cheias do rio e nos feitos dos gigantes canoeiros
que impulsionaram o desenvolvimento da cidade. Prestamos homenagem ao último
canoeiro, sustentáculo do resgate dos “Canoeiros do Ipanema”, Zé de Toinho,
cuja passagem faz poucos dias, em Maceió, com 97 anos. de idade. E como a
Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira Silva, completou 59 anos de existência,
falamos das suas origens, situações geográficas e sociais que levaram a ser
implantada ali, a primeira escola pública do município com 20 Grau (Curso
Médio). Hoje a escola já não ostenta o nome original do seu fundador Deraldo Campos,
e sim, do 10 diretor que esteve no cargo por 20 anos.
Houve problema
técnico com os slides e tive que seguir somente no gogó como nos
velhos tempos. Que pena que os alunos, professores e funcionários não viram as
fotos que se tornaram históricas e relíquias dos anais da Santana do Ipanema
ainda dos tempos do fotógrafo tipo lambe-lambe. O evento, organizado pelo 20 Ano
B, tinha um título pomposo: “Café com Sabedoria”, onde uma mesa farta aguardava
o final de palestra. Muita gentileza do diretor e escritor Fábio Campos e do
empenho e boa vontade do professor e escritor Marcello Fausto, preparador
carinhoso dos slides históricos da nossa terra. A propósito, o
escritor Fábio Campos foi o prefaciador dos “Canoeiros do Ipanema”.
Aproveitei para rever a Galeria de Diretores e que se iniciou na minha gestão, ouvir opiniões espontâneas sobre o Magistério, todas de baixo-astral, infelizmente, rever ex-alunos e ex-colegas e cravar os olhos na paisagem não tão renovada assim. O retorno à casa coincidiu com taxista ex-alunos do Estadual que também opinou sobre colegas professores antigos e assim o dia ficou enriquecido de tantas informações orais e visuais que de uma forma ou de outra sempre se agregam ao conhecimento. Uma incursão desse porte sempre mexe com o corpo inteiro, mesmo no esforço grande para uma neutralidade de emoções. Não tem jeito. A história das coisas cala fundo na alma e impregna a mente.
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