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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

ENTRE RAIMUNDO CÂNDIDO E JUNIOR BONFIM.

 Por Humberto Paz


Confinado entre dois grandes POETAS

Sinto-me que nem um Cristo às avessas.

Que eu me desfaça em poesia não me peças

Por me ver entre mentes tão seletas!


Quisera sim, eu também ter cabedal

E em lindos versos expressar minhas quimeras

Vestir de seda as melodias mais sinceras

Ao meu amor naquele instante crucial.


Porém me perco nas trevas do pensamento

Ao me lançar pelas veredas obscuras

Onde o poeta esvai-se em luzes e ternuras

Quando quer expressar seu sentimento.


Seria eu um poeta em dupla dose,

Se pudesse lhes roubar a inspiração,

Tão fluente entre ambos, ou então

Se a poesia me chegasse por osmose.


Humberto Paz

04/06/2021.

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