Celina Guimarães Viana
Celina Guimarães Viana nasceu em Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, no dia 15 de novembro de 1890, e faleceu e faleceu Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais, no dia 11 de julho de 1972. Era professora, e foi a primeira eleitora do Brasil e da América Latina, a votar em 5 de abril de 1928 na cidade de Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte. Era filha do casal José Eustáquio de Amorim Guimarães e Eliza de Amorim Guimarães.
Foi aluna da Escola Normal de Natal, e lá concluiu o curso de formação de professores. Nessa escola Celina Guimarães Viana conheceu Elyseu de Oliveira Viana, um jovem estudante vindo de Pirpirituba, do Estado da Paraíba, e com ele se casou em dezembro de 1911, tendo sido seu companheiro para toda a vida.
Em 1912 foi morar na pequena cidade de Acari, no Estado do Rio Grande do Norte, e em 13 de janeiro de 1914 mudou-se para Mossoró, também no Rio Grande do Norte.
Com o advento da Lei nº 660, de 25 de outubro de 1927, o Rio Grande do Norte foi o primeiro Estado que, ao regular o "Serviço Eleitoral no Estado", estabeleceu que não haveria mais "distinção de sexo" para o exercício do sufrágio. Segundo pesquisa do escritor João Batista Cascudo Rodrigues, o histórico despacho foi vazado nestes termos:
“Tendo a requerente satisfeita às exigências da lei para ser eleitora, mando que se inclua nas listas de eleitores. Mossoró, 25 de novembro de 1927”.
Logo que foi aprovada a Lei, várias mulheres requereram suas inscrições. As eleitoras compareceram às eleições de 5 de abril de 1928, mas seus votos foram anulados pela Comissão de Poderes do Senado. Somente com o Código Eleitoral de 1932, é que "o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo…" poderia votar efetivamente.
Quanto à questão de ter se tornado, de repente, a primeira mulher do país a votar, Celina confessou:
“Eu não fiz nada! Tudo foi obra de meu marido, que se empolgou na campanha de participação da mulher na política brasileira e, para ser coerente, começou com a dele, levando meu nome de roldão. Jamais pude pensar que, assinando aquela inscrição eleitoral, o meu nome entraria para a história. E aí estão os livros e os jornais exaltando a minha atitude. O livro de João Batista Cascudo Rodrigues - A Mulher Brasileira - Direitos Políticos e Civis - colocou-me nas alturas. Até o cartório de Mossoró, onde me alistei, botou uma placa rememorando o acontecimento. Sou grata a tudo isso que devo exclusivamente ao meu saudoso marido”.
Fonte: Wikipedia
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