Por: Rangel Alves da Costa*
Baú sem chaves
Quanto e tudo da vida
tanta chegada e partida
carta amassada e fotografia
tempo que foi outro dia
e o velho baú esquecido
feito ontem já perdido
minha linda namorada
sorriso na foto amarelada
e uma agenda sem data
com verso que fere e mata
por tanta incompreensão
por tanto amor e solidão
ao redor silêncio e tristeza
baú fechado à mesa
olhos enxergando sem ver
tanta coisa ainda a ler
tudo rapidamente guardado
porque outro amor encontrado
o que me veio foi embora
tentei reencontrá-la senhora
pedir a chave do meu coração
abrir o lacre e pedir perdão
revirar esse baú do avesso
e da vida fazer recomeço.
Rangel Alves da Costa
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com
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