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sexta-feira, 12 de julho de 2013

LAMPIÃO EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS

Por: Clerisvaldo B. Chagas, 11 de julho de 2013. - Crônica Nº 1047
 

Na tarde da última quarta-feira, eu e o professor Marcello Fausto, chegamos a Palmeira dos Índios para auspiciosa missão. Fomos recebidos cordialmente pelo professor de História, Wellington Lopes de Albuquerque, que logo nos proporcionou ligeira incursão pelos pontos turísticos da cidade, inclusive o Cristo do Goiti. Tivemos o privilégio de contemplarmos os arredores dos 700 metros de altitude na belíssima paisagem que o relevo serrano nos oferece. 


Após significativo descanso e preparativos, estávamos nós “enfrentando” a seleta plateia acadêmica da UNEAL, Campus III, sob a batuta do festejado professor Wellington. Lançamos o livro “Lampião em Alagoas” e partimos para uma palestra e mesa redonda com o tema: “O cangaço lampiônico nas plagas alagoanas”. Auditório lotado com acadêmicos da região, alguns professores e balaios de perguntas inteligentes, nos levaram à ocasião agradabilíssima. Mitos do Nordeste como Lampião, Padre Cícero, Frei Damião, Luiz Gonzaga, Sinhô Pereira e outros, foram amplamente citados. Passamos pelo geral sobre Virgolino, suas estripulias, organização de volantes, até desembocarmos no riacho da grota dos Angicos.


O livro “Lampião em Alagoas” – que também será lançado em outras cidades – é esclarecedor, interrogativo, equilibrado e polêmico como todos os livros sobre o cangaço. Várias passagens inéditas foram apresentadas, estimulando a pesquisa em História, Geografia e Sociologia, notadamente. Com a gentileza e desdobramentos do anfitrião, professor Wellington Lopes, quanto pela qualidade do evento, educação e maturidade dos presentes, surgiu impressão de retorno dos autores para outros temas relíquias do Nordeste. O Cristo do Goiti (derivado de oiti, oitizeiro), com certeza abençoou a nossa jornada até os seus pés, iluminando o evento que se aproximava com o pano molhado da noite.

Pela manhã retornamos da Terra dos Xucurus, de Graciliano, Luiz B. Torres, Adalberon Cavalcante Lins, Valdemar de Sousa Lima, para Santana do Ipanema, agradecendo a todos os que fazem a UNEAL, Campus III. Acho que bem deixamos LAMPIÃO EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS.


CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.  Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.

Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).

 

Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).

Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2013/01/tipos-populares-do-mendes.html

http:/blogdomendesemendes.blogspot.com

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