75 anos atrás morreu Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, sua Maria, nove cangaceiros e um volante: Adrião Pedro de Sousa. No último domingo, dia 28 de julho de 2013, a Caravana Cariri Cangaço participou das celebrações em sufrágio das almas do fatídico Angico de 1938.
Lamartine
Lima, Jairo Luiz e Manoel Severo
Pedro
Barbosa e Ingrid Rebouças, rumo ao Angico
Toninho de
Jeremoabo, Afrânio. Archimedes,Wescley, Juliana e Manoel Severo
Antes mesmo de
chegarmos ao local principal do cerco e morte do casal mais famoso do cangaço,
mais uma vez vivíamos a emoção de trilhar os caminhos das volantes de João
Bezerra, Aniceto e Ferreira de Melo na madrugada daquele longínquo 1938. No
Alto das Perdidas a "parada oficial" para as devidas considerações
sobre a divisão dos soldados: Polêmica; mentiras e mistérios, como diria o
Mestre Alcino Alves Costa.
Antônio
Vilela
Do desembarque
na pequena praia fluvial do restaurante Angico até a grota são mais ou menos
800 metros da mais pura caatinga braba. Os mandacarus, xique
xique, craibeiras espinhos, urtigas, as pedras e pedregulhos de
todos os tamanhos sem falar no sol abrasador são nossas companhias
naturais. Nossa bagagem: muita água, protetor solar e uma certeza: Não importa
quantas vezes se vá a Angico, haverá sempre algo novo a "perceber".
Em
Angico, placa em memória do soldado Adrião Pedro de Sousa
Jairo,
Wescley, Manoel Severo e Antônio Vilela
A trilha
utilizada pelos soldados de João Bezerra ha 75 anos atrás é a mesmo que os
visitantes percorrem nos dias de hoje; com uma ou outra pequena modificação,
fruto da ação da natureza e do tempo; de resto, temos a real impressão dos
passos dos 49 homens que deram cabo de Lampião naquela manhã de julho de 1938.
O Alto das
Perdidas, já bem perto do ponto central do coito do Angico, foi o local onde as
tropas comandadas por João Bezerra pararam para definir; de acordo com a
localização do bando, indicada pelos irmãos Pedro e Durval Rosa; como se daria
o cerco, a aproximação e o ataque.
Temos na obra
do Dr. Antonio Amauri, "Assim morreu Lampião", detalhes importantes e
elucidativos sobre esse crucial momento. O que sabemos é que o grupo teria se
dividido em três ou quatro colunas; mais crível que tenha sido em três colunas,
com o comando de um grupo sob as ordens do sargento Aniceto, um outro sob as
ordens do aspirante Ferreira de Melo e o principal sob as ordens do tenente
Bezerra.
As tres
colunas teriam sido orientadas a cercarem o bando e atacarem sob o sinal de
João Bezerra; ao final, os homens de Ferreira de Melo em função das
circunstâncias; a aproximação perigosa do cangaceiro Amoroso; deu inicio ao
combate, ali estavam os protagonistas dos primeiros e decisivos balaços, Maria,
Lampião e Luiz Pedro, certamente foram alvejados pelos homens de Ferreira de
Melo.
Lamartine Lima
em Angico
Antônio
Vilela, Jairo Luiz e abaixo, Manoel Severo na Missa do Angico, 75 anos da morte
de Lampião
Restaurante
Angico
A estrutura montada pela família Rosa, já na fazenda Angico, junto ao
Restaurante Angico, ponto de partida para a trilha da grota, cerca de 800
metros caatinga adentro, sempre torna os preparativos para a caminhada e o seu
retorno, extremamente agradáveis. Hoje além do restaurante, mini museu,
loja de artesanato e boutique e o balneário com área para eventos, terá logo em
breve uma pousada para receber a todos os visitantes do baixo São
Francisco. Ali, ao final da Missa na grota do Angico os convidados da
prefeitura de Piranhas e do Cariri Cangaço participaram de almoço festivo e
apresentação de Peça Teatral.
Ingrid
Rebouças e Elane Marques no Restaurante Angico
Neli
Conceição e a encenação teatral da vida de Virgulino Ferreira
Casal
Lamartine Lima, Fátima Cruz e Prof. Pereira, Archimedes Marques e abaixo, Alan
Pernambuco e Lily
Catamarã São
Francisco
Manoel
Severo
Cariri Cangaço
Piranhas
Semana do
Cangaço
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