Por: Manoel Severo
Mais uma vez a
família Cariri Cangaço se reúne.
Piranhas
Em Alagoas por ocasião da Semana do Cangaço em
Piranhas tivemos a oportunidade de reencontrar muitos amigos, de norte a
sul do Brasil em mais uma Avante-Première, a terceira e última do ano, antes:
Lavras da Mangabeira e Paraíba, com Sousa e Nazarezinho, agora é preparar para
Setembro: De 17 a 22 de Setembro, Cariri Cangaço 2013, no cariri do Ceará.
Foto oficial
na residência de Chiquinho Rodrigues
Durante o Cariri Cangaço em Piranhas, dentro da Semana do Cangaço , tivemos a oportunidade de por muitos momentos reunir os amigos, "jogar conversa fora", andar pelas pequenas e belas ruas da cidade. A cada passo uma nova imagem para guardar.
Maristela
Mafuz e a maravilhosa companhia para o café da manhã em Piranhas
Maristela
Mafuz, Pedro Barbosa e João de Sousa Lima
Quando
imaginamos um evento de cangaço que transcorre dentro de 4, 5, 6 dias, logo
temos a tendência de pensar que "é muito tempo", na verdade Piranhas
mais uma vez nos prova que todo o tempo é pouco, diante da grandiosidade do
tema e da pesquisa.
Ingrid
Rebouças, Pedro Barbosa, Juliana Ischiara, João de Sousa e Letícia, pelas ruas
de Piranhas
Por essas ruas
o tempo parece parar, a tradição secular se engrandece, para nós pesquisadores,
a partir dos episódios marcantes que tiveram na ribeirinha Piranhas, seu
principal cenário. Dois deles se destacam entre outros muitos: O ataque do
grupo de Corisco para resgatar Inacinha, companheira de Gato e a partida da
volante de João Bezerra para o cerco de Angico.
Casa de
Chiquinho Rodrigues
Com a palavra,
João de Sousa Lima: "Santílio Barros era o verdadeiro nome do cangaceiro
Gato e não se tem na história do cangaço, outro homem que tenha sido tão
sanguinário, perverso e frio como foi este cangaceiro. Era filho de Ana (
Aninha Bola) e Fabiano, um dos sobreviventes da guerra de Canudos, seguidor do
reverenciado beato Antonio Conselhereiro. Era índio da tribo
Pankararé."
E continua
João, "Gato encontrou a morte depois deste ataque aqui em Piranhas,
fato acontecido depois da prisão de sua amada Inacinha, realizada pelo tenente
João Bezerra. Inacinha estava grávida e neste combate saiu ferida. O tiro
entrando nas nádegas e saindo no abdômen. Por muita sorte a criança não foi
ferida. Gato pede ajuda a Corisco e este organiza o ataque . No trajeto, Gato
sai disseminando a morte. A data se tornaria, para algumas famílias, uma
lembrança dolorosa. Era 29 de outubro de 1936. Dentre os mortos feitos por
Gato, estavam Abílio, Messias, Manuel Lelinho e Antônio Tirana. Sendo refém de
Gato, o jovem João Seixas Brito, que seria sangrado alguns minutos depois,
quando jurou que não havia policiais na cidade e ao romper o som dos primeiros
disparos, ocasionados pelos poucos moradores que se negaram a fugir,
abandonando a cidade, o rapazinho de 15 anos de idade foi barbaramente
assassinado."
Na foto acima,
o local onde tombou o cangaceiro Gato, na foto abaixo, João de Sousa Lima
mostra de onde saiu o tiro que matou o temido cangaceiro (primeira janela do
solar azul)
Cangaceiro
Gato e sua companheira Inacinha
Completa João
de Sousa Lima: "Chiquinho Rodrigues portava um rifle cruzeta e tinha um
estoque de 260 cartuchos, dos quais deflagrou 170. Existe uma polêmica em razão
do tiro que atingiu o cangaceiro Gato. Uns dizem que o autor do foi Chiquinho
Rodrigues, outros creditam o certeiro disparo, a Joãozinho Carão. A verdade é
que gato saiu baleado e morreu três dias depois do confronto, acabando-se assim
um dos mais cruéis homens que engrossaram as fileiras do cangaço."
Piranhas,
a cada passo imagens para guardar para sempre
João de
Sousa Lima, Manoel Severo e Jaqueline, neta de Chiquinho Rodrigues
Wescley
Rodrigues
Piranhas, a
mais nova casa do Cariri Cangaço
Manoel Severo
Cariri Cangaço
Piranhas
Semana do
Cangaço
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