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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

FUTEBOL DE SALÃO

POR: FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.
Pitágoras

É importante registrar de que a cidade de Santa Rita e seu povo, especialmente a juventude sempre sofreu com a falta de equipamentos comunitários do tipo quadra e ou ginásios de esportes desde sua emancipação política ocorrida em 9 (nove) de março de 1890, tal situação permanecendo até o final do ano de 1982, quando o então vice prefeito Aureliano Olegário da Trindade, no exercício do mandato de prefeito, concluiu a construção do Ginásio de Esportes Renato Ribeiro Coutinho, o “Renatão”, localizado no Bairro Nova Esperança. Ressaltamos que Santa Rita mesmo ficando a doze quilômetros de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, naquele tempo já tinha uma população acima de sessenta mil habitantes, inclusive era a terceira cidade da Paraíba em renda percapta e/ou seja, por pessoa aqui residente e além do mais já tinha mais de dez mil estudantes distribuídos ns redes oficiais (estaduais e municipais) e particulares. Naquele tempo funcionava a todo vapor os colégios: Estadual de Santa Rita (atual Enéas Carvalho), o Américo Falcão (pertencente à CNEC, foi extinto), o Augusto dos Anjos (pertecente a Fundação Padre Ibiapina, foi extinto), o COFRAG – Colégio Dr. Francisco Aguiar (particular e continua funcionando desde 05/01/1964 aos dias atuais, no mesmo endereço: Rua Eurico Dutra, nº 64 – Bairro Popular - Santa Rita/PB, com Educação Básica (Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Técnica Profissionalizante), inclusive em 1996, construiu o seu Ginásio de Esportes que continua incentivando a juventude as práticas esportivas internas e acolhendo a comunidade externa), a Escola Normal de Santa Rita (continua funcionando em Tibiri Fábrica no prédio do extinto grupo escolar da CTP), o Francisco de Assis ( particular e extinto há mais de dez anos), dentre outras escolas de ensino primário estadual, municipal e particular.
                      
Entendemos que o talento educa-se na calma, o caráter no tumulto da vida, assim sendo, a juventude atual, mais que ninguém precisa com urgência de acolhimento, inclusão social, educacional e esportiva em nossa cidade de Santa Rita, para ponte para tirar-lhe da ociosidade, caminho que leva ao nada em todos os sentidos da vida humana, ex-vi Sócrates, ao afirmar que “aquele a quem a palavra não educar, também o pau não educará”, cujo pensamento é auto-aplicável em qualquer lugar do mundo. Os presídios estão superlotados, os cemitérios também e as escolas estão ficando vazias de alunos, fisicamente falando e de ideias de futuro também, pois, sabemos que a Educação é um direito de todos, porém no tocante aos deveres, “[...] a família aparece em primeiro lugar, enquanto o Estado (Governos: Federal, Estadual e Municipal) está em segundo”, de modo que “muitos acreditam que seja um enfraquecimento, uma retirada das obrigações do Estado, colocando ênfase na responsabilidade da família e da sociedade” (LOCCO, 2009, p.36).
                     
A nossa cidade de Santa Rita tinha um futebol de salão respeitado em toda Paraíba e quiçá no Nordeste brasileiro, pois, o maior obstáculo que envolvia a nossa juventude que praticavam os esportes: futebol de salão, voleibol, dentre outras modalidades era justamente a falta de um ginásio de esportes, devido a falta de interesse das autoridades estaduais e municipais competentes no assunto. Isso era o pensamento dominante nas décadas de 40 a 80 do século XX em nossa cidade. Por analogia e segundo a visão de Paulo Freire “não há vida sem correção, sem retificação”. É preciso e urgente corrigir e retificar a vida da nossa juventude, o que casa muito bem com a o pensamento de Immanuel Kant ao afirmar que “é por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias”. De modo que cabe aos adultos e aos gestores de todos os níveis de governos, sic, essa obrigação constitucional, legal e ética, se não querem investir na construção mais cadeias, penitenciárias, etc., bem como aumentar as milhares e ou milhões de valas (sepulturas) comuns nos cemitérios do Brasil e do mundo, todos os anos da era da civilização da cibernética, maior império da ignorância humana que o mundo já viu, alimentado através das drogas que envolvem a juventude de todos níveis ou naipes sociais da face da terra.
                      
Enfocamos de que na década de 60 do século XX, Santa Rita teve um grupo de jovens, constituído por: José Pereira da Costa Filho (Pereira da SAELPA), Bebé, Oíldo Soares, Geraldo Lucindo, Reginaldo Pereira (atual Prefeito de Santa Rita), Dominguinhos, Napo e tantos outros igualmente valorosos na prática esportiva, todos foram motivados e encabeçados pelo professor João de Deus Diniz, então Diretor do Colégio Estadual de Santa Rita (atual Enéas Carvalho), que com luta e sacrifício conseguiu criar a quadra esportiva daquele colégio para dar maior motivação aos atletas e torcedores, pois, até então a única quadra de esportes que existia em nossa cidade era a quadra do Santa Rita Tênis Clube,  com péssimas condições para a prática de esportes, até porque fizeram várias promoções e conseguiram arrecadar o dinheiro que deu para fazer a construção da primitiva quadra do Colégio Estadual de Santa Rita, sem ajuda financeira por parte das autoridades estaduais e municipais. Assim sendo, o futebol de salão, por exemplo, entre nós conseguiu manter a tradição, com um local adequado para a prática de esportes em suas diversas modalidades. E foi assim que o nosso futebol de salão foi evoluindo e conseguiu ser o “Vice Campeão Nordestino” do ano de 1972 (foto 1), 

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disputado com honradez pelo então Colégio Américo Falcão, via os jogos patrocinados naquele ano pela Companhia Nacional de Escolas da Comunidade, atual CNEC.
                   
E as vitórias do futebol de salão de Santa Rita foram grandes, de modo que o Barcelona, equipe constituída por Gena, Oíldo Soares, Pereira, Geraldo Lucindo, 

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Napo (foto 2) dentre outros, conseguiram ser o Vice Campeão da Paraíba nesta modalidade.
                  
Atualmente, infelizmente o futebol de salão, dentre outras modalidades igualmente importantes, encontra-se acabada, tendo em vista a falta de um olhar motivador e incentivador das autoridades políticas e educacionais envolvidas com o processo de enriquecimento da juventude nos esportes, especialmente da juventude vinda do meio do povão e ou das classes menos favorecidas. É uma questão de inclusão educacional e social, até para livrar a juventude ociosa das drogas, dos assaltos, dos assassinatos, etc. Éramos felizes e não sabíamos, pois, Immanuel Kant menciona que “o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”, pensem nisso...

Referência:

A TRIBUNA – Jornal da Cidade – Santa Rita – Pb – março de 1977.

BRASIL – Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Diário Oficial da União, Brasileira, 17/07/1990. Acessada em 15/02/2013: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm>
BRASIL – Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.94/96, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília, 23/12/1996 – Acessada em 15/02/2013: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm.
LOCCO, Leila de Almeida. In.: Direito Aplicado à Educação. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.

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Enviado pelo escritor Francisco de Paula Melo Aguiar

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