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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Os cabras de Lampião - Final


Quixabeira

Cabo verde espigado, de músculos ágeis. Granjeou renome. Era, como Corisco, de Salgado de Melão, município de Santo Antonio da Glória, região das mais férteis em facínoras, viveiros de criminosos. Formava ao lado de Volta-Seca e de Zé Baiano, na crueldade fria. No raso da Catarina, sangrou 6 pobres caçadores profissionais que ali andavam atrás de peles de animais selvagens.

Notabilizou-se também no horrendo massacre da família Salina, vindo a morrer, depois, às mãos do único sobrevivente.

Mariano, Pai Veio e Pavão 

Pai Velho

Rijo homem de 70 anos, encorreado de sol e duro que nem amago de aroeira. Possui missão freudiana na súcia: raptar raparigas para gozo dos camaradas.

Foi preso próximo à Cachoeira Paulo Afonso, em companhia de Maria da Conceição, cabrocha de 17 anos, forte e vistosa, raptada por ele. Confessou ela ser a namorada de Meia-Noite e que dera a luz, na caatinga, um filho, fugindo à aproximação da força.

Três crianças de meses já foram encontradas pelas volantes, abandonadas na precipitação da fuga.

Uma delas está sendo criado pelo coletor estadual de Jeremoabo, Antonio Socorro. 

Adendo - Na foto à direita, está escrito Zepelin, mas este foi assassinado em outro combate. Quem escreveu o nome como sendo o cangaceiro Zepelin, equivocou-se.

Segundo o Dr. Ivanildo Alves Silveira pesquisador e colecionador do cangaço,  informou-me que é mesmo o cangaceiro Pavão. 
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 Moderno é o segundo  que está sentado da esquerda para direita 

Moderno

É o cunhado e compadre de lampião. É seu homem de maior confiança.

Toda a afeição que o chefe tinha aos irmãos parece dedicar agora ao parente e companheiro fiel. Serve-lhe de secretário, confiando-lhe todos os negócios de importância. Nas vilas, quando lhe entregam o tributo de dinheiro exigido, ele vira-se e diz satisfeito, como qualquer homem de negócios.

Procure o meu secretário, o Moderno. 

Adendo - Algumas pessoas afirmam que o cangaceiro Moderno era da cidade de Alexandria, no Estado do Rio Grande do Norte
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Mariano

Negro sanhudo, de torso hercúleo e sobrecenho carregado. Tem como especialidade dar bolos, trazendo pendente do cinto grossa e pesada palmatória, com a qual, a mando do chefe, castiga homens, mulheres e crianças.

Em Sergipe, em uma usina nas proximidades de Capela, aplicou alguns em velha e respeitável senhora e em uma sua neta de poucos anos. Quando esta lhe estendeu a mão pequenina e rosada, o negro apiedou-se, sentindo irromper de dentro do peito, todo instintividade, um sentimento bom. Mas Lampião fiscalizava e exigiu o cumprimento da pena. E ele obedeceu. Mas finge que emprega força e aplica os bolinhos suaves que já foram dados pelo braço poderoso.

A estes se devem acrescentar as figuras de: Medalha, Gato, Beija-Flor, Cajueiro, Fortaleza, Pó Corante, Bemtevi, Avião, Jurema, Criança, Revoltoso, Azulão, Luiz Pedro, José de Lydia, Portugal, etc.

Mulheres que os acompanham:
Maria Déa, Lydia, Lió, Ignacinha, Anna, etc.

São personagens às dezenas para a representação do drama infindável..

 (Texto transcrito da obra: LAMPIÃO/Ranulfo Prata/Traço Editora)

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2009/10/os-cabras-de-lampiao-ranulfo-prata.html



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