Por Sálvio Siqueira
M712 - CARREGADOR 20 CARTUCHOS- CORONHA DE MADEIRA E BANDOLEIRA
Existiam, na época da segunda fase do cangaço, certo tipo de armas que eram, ou
foram, o desejo de muitos dos cangaceiros. Inclusive seu chefe maior, aquele
que mais tempo permaneceu comandando um bando de cangaceiros. Lampião.
Segundo alguns historiadores, o "Rei Vesgo" tinha uma vontade danada
de possuir uma pistola igual a essa, a qual sabemos que era de uso
exclusivo das forças policiais.
Na
foto acima, pescada no 'açude' do ilustre Kiko Monteiro, no blog Lampião aceso,
mostra-nos, através de setas, o tenente João Bezerra e o Asp. Ferreira de Melo,
portando essas pistolas metralhadoras,MAUSER 712 "fogo rápido"
(Schenellfeur) , versão com seletor para fogo automático da Mauser C-96, era
popularmente chamada de "Caixa de Pau". Essa foto é a oficial.
mostrando a tropa depois do evento do riacho Angicos, onde tombaram onze
cangaceiros.
HISTÓRIA DA ARMA
Vimos mostrar a vocês um pouco da história do surgimento da tão obcecada arma.
Um dos enganos mais comuns que existem no imaginário popular é o de que foi Peter Paul Mauser o projetista da pistola C96. Paul Mauser tinha, sob sua responsabilidade, a Waffenfabrik Mauser, um complexo fabril de alta tecnologia, herdado de seu pai, de onde saíram os mais famosos e bem sucedidos fuzis militares de repetição de que se tem notícia.
Paul Mauser nasceu em Oberndorf, perto do rio Neckar, Alemanha, em 27 de junho
de 1838 e faleceu em maio de 1914. Em 1871, ele e seu irmão Wilhelm desenharam
um dos primeiros fuzís militares com ação de ferrolho, o modelo 1871, de um só
tiro, em calibre 11x60R, com uso de pólvora negra. Por volta de 1894, os
irmãos Feederle já tinham um esboço da pistola, a qual inicialmente usaria
o cartucho 7,65 mm X 25 oriundo da pistola projetada um pouco antes por Hugo
Borchardt, em 1893 e cuja evolução, quando nas mãos de Georg Luger, iria levá-la
a se tornar a famosíssima pistola Parabellum (Luger).
Uma versão da pistola que se sobressaía, em relação as demais, era a carabina,
que foi produzida em bem menor quantidade do que as pistolas e que já trazia a
coronha de madeira com a empunhadura integrada, embora ela pudesse ser
destacada da armação para facilitar o armazenamento.
Alguns autores costumam relatar que ao tomar conhecimento dos primeiros
desenhos e do projeto em si, Paul Mauser havia torcido o nariz. Afinal,
tratava-se de algo inteiramente novo para ele e para a Mauser; apesar do
primeiro impacto negativo, ainda assim mandou que tocassem o projeto para a
frente. Em 11 de dezembro de 1895, depois de excelentes resultados obtidos em
testes, "Paul Mauser registrou sua patente na Alemanha sob Nº 90430. Em
seguida, ampliou os direitos de patente para inúmeros países do mundo,
inclusive no Brasil, onde registrou sob Nº 2088 em 28 de julho de 1896".
Em fevereiro de 1896, o grupo desenvolvedor convenceu Paul Mauser de que a arma poderia ser lançada comercialmente e entrar em linha de produção. Tanto o mercado civil como o militar de diversos países estavam na mira do pessoal da Mauser. Com o aval de Mauser, a fábrica começou a fabricar a pistola em série, denominada oficialmente de C96 (“Construktion 96″). Neste primeiro instante, decidiu-se pela fabricação de modelos com carregadores fixos de 6, 10 e 20 cartuchos (Obs: todos os carregadores das C96 são fixos e bifilares (cartuchos alinhados aos pares), exceto nas últimas versões) e estabelecer uma mudança fundamental no cartucho empregado.
Em fevereiro de 1896, o grupo desenvolvedor convenceu Paul Mauser de que a arma poderia ser lançada comercialmente e entrar em linha de produção. Tanto o mercado civil como o militar de diversos países estavam na mira do pessoal da Mauser. Com o aval de Mauser, a fábrica começou a fabricar a pistola em série, denominada oficialmente de C96 (“Construktion 96″). Neste primeiro instante, decidiu-se pela fabricação de modelos com carregadores fixos de 6, 10 e 20 cartuchos (Obs: todos os carregadores das C96 são fixos e bifilares (cartuchos alinhados aos pares), exceto nas últimas versões) e estabelecer uma mudança fundamental no cartucho empregado.
Optou-se por manter as dimensões do cartucho 7,65 X 25 da pistola Borchardt,
mas como a C96 oferecia uma maior resistência mecânica e uma trava de culatra
muito reforçada, alterou-se a carga de pólvora então empregada e fez-se
modificações no peso do projétil, criando-se assim o cartucho 7,63mm Mauser.
Sendo grande a variedade das versões feitas, fica inviável expor todas
elas aqui. Nossa intenção é fornecer alguma informação aos amigos em relação a
pesquisas e um pouco de conhecimento.
Fonte e fotos armasonline.org
http://oficiodasespingardas.blogspot.com.br/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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