Sila juntou-se
a Zé Sereno provavelmente no dia 07 de novembro de 1936. Ela conta que, na véspera,
fez a “arrumação da trouxa” e para comemorar o fato Zé Sereno à noite deu uma
festa que terminou tarde. Zé Sereno estava com seu grupo junto com o de Luiz Pedro.
Naquela noite, Sila dormiu em sua casa pela última vez.
Zé Sereno
No dia
seguinte – que ela chama de “data marcada” – ela e os irmãos foram ao encontro
do bando, que se encontrava embaixo de uma quixabeira perto de casa. Deixando
as terras de Poço Redondo, os cangaceiros partiram em direção a Paripiranga, na
Bahia. Viajavam a pé. Eram 12 pessoas. As únicas mulheres eram Sila e Neném de Luiz Pedro.
A cangaceira Sila
No terceiro dia, 9 de novembro de 1936, arrancharam-se na casa de um coiteiro
na Fazenda Algodãozinho, perto do povoado Mocambo, na estrada de Carira para
Itabaiana. Muita comida, muita cachaça. Ao anoitecer, o vigia deu o alarme:
vinha chegando sorrateiramente a Volante do Sargento DELUZ. Iniciou-se o
tiroteio.
Sargento Deluz
Neném, cangaceira experiente, pegou a novata pelo braço e correu com
ela para o curral, ao lado da casa, enquanto os homens sustentavam o
contra-ataque, a fim de dar tempo para que elas fugissem.
Aparentemente
a fuga seria fácil, pois os cangaceiros contavam com a escuridão da noite.
Quase todos já haviam transposto a cerca de arame farpado do curral, quando
ouviram um baque surdo. Gumercindo, irmão de Sila, avisou:
- Luiz Pedro,
Neném tá “firida”!
Um cangaceiro
que vinha atrás corrigiu:
- Tá não, tá
morta “mermo”!
O cangaceiro Luiz Pedro
Luiz Pedro,
desesperado, voltou para socorrer a companheira, porém um cangaceiro derrubou-o
ao chão e arrastou-o para o mato. Luiz Pedro gritava:
- “Fios” da
puta! Mato tudo, um por um, raça “disgraçada”!
Os cangaceiros
meteram-se na caatinga. Foram dormir nas terras da Fazenda Lagoa Comprida, de
Napoleão Emídio.
Enquanto isso,
no curral da Fazenda dava-se um ato de SELVAGERIA:
OS SOLDADOS SERVIRAM-SE (SEXUALMENTE) DE NENÉM, JÁ MORTA. POR FIM, ESTIMULARAM UM CACHORRO A FAZER O MESMO.
Fonte: Livro
LAMPIÃO – A RAPOSA DAS CAATINGAS de José Bezerra Lima
Irmão
Transcrição:
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)
2ª fonte: facebook
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Acredito caro Mendes, que o susto para Sila foi imenso. Exatamente no dia em que estava ingressando no cangaço (inclusive novinha), teve que assisti a morte da colega que estava com ela. COISAS DO CANGAÇO.
ResponderExcluirAntonio Oliveira - Serrinha