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sábado, 19 de março de 2016

RESQUÍCIOS SOBRE A MORTE DO CANGACEIRO CORISCO.


Texto extraído do Livro CORISCO – A SOMBRA DE LAMPIÃO de Sérgio Augusto de Souza Dantas.

“Cessam-se, em seguida, os disparos.

O oficial, lentamente, se aproxima dos feridos. Dadá, apesar de se contorcer de dor, está consciente e atenta à aproximação dos soldados. Um destes percebe que ela está viva. Brada um xingamento e diz que vai matá-la. A mulher, em resposta, lhe vocifera um desaforo. O Tenente Rufino manda que ele saia dali. A cangaceira lhe roga para não ser torturada:

- Olhe, peço pelo amor de sua família, pode até me matar, mas não deixe ninguém judiar de mim. E ele respondeu, dizendo que ninguém tocava em mim”. (Soares, 1984: 79).

Em seguida o militar se acerca de Corisco. O estado do velho cangaceiro é grave. A exposição das vísceras e a respiração descompassada autenticam a delicadeza do quadro. Rufino indaga:

- Porque não se entregou? Eu lhe garanti a vida!

- Não sou homem para me entregar! Prefiro morrer!

- Sabe quem sou eu?
 
- Não! Não sei!

- Sou o Tenente José Rufino!


As feições de Corisco se tornam carregadas de ódio. A partir dali não pronuncia mais qualquer palavra. Cerra os olhos. Parece surpreso com aquela revelação. Possivelmente jamais imaginara que o velho chefe de Volante fosse caçá-lo naqueles confins”.

CONTINUA...

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Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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