Por José Mendes Pereira
Eu lamento muito por não ter percebido que a ex-cangaceira do bando do rei Lampião, dona Dulce Menezes, ex-companheira do cangaceiro Criança, aniversariou no dia 23 de maio de 2016, completando 93 anos, data em que eu também completo mais um ano de vida.
Ao
centro a cangaceira Dulce, ao seu lado esquerdo Criança
Segundo os pesquisadores e escritores dona Dulce Menezes é a única que está viva de todos os homens e mulheres que participaram do movimento social de cangaceiros.
LEIA O QUE ESCREVEU O SEU GENRO TIÃO RUAS
A CANGACEIRA
DULCE MENEZES
Por Ruas
Menezes Ruas
Martha filha
da cangaceira Dulce e o genro Tião Ruas
Olá!
Sou Tião Ruas, casado com Martha, filha de Dulce. Fui o responsável pela reportagem feita pela Record, no dia 1º de maio deste, sobre ela.
Sou Professor
de História, poeta e compositor. Vivi minha infância dentro da casa de dona
Dulce, com os filhos dela.
Senti-me no dever
de resgatar para o Brasil, a história de Dulce Menezes dos Santos, e colocá-la
como mito vivo da tragédia de Angicos.
A verdadeira história dela, após Angico, é Jordânia, onde residiu e criou seus filhos com seu marido João
Anastácio Filho (Jacó). Criança, é outra história. Falo com ela sempre. Está
vivinha da silva, tá? Rsrsrsrs!
Abraços.
Fonte: facebook
Página: Ruas
Menezes Ruas
Pouco se sabe
sobre Dulce, uma bela moça nascida em Sergipe e que conseguiu escapar da morte
em Angico. A exemplo das demais contribuiu para amenizar a violência do bando,
sendo a fiel companheira, enfrentando perigo, fome, sede e demais sofrimentos
nas caatingas em pé de igualdade com os homens. Ela ainda está viva e
provavelmente morando em São Paulo. Com a idade avançada, as
recordações devem ser mínimas. Dulce, já foi personagem aqui, mas retorna
devido à informação de que ela está viva. A única viva, assim como a história
do Cangaço.
Dulce é
exemplo de que o Cangaço lateja, para inquietação de alguns e que pede um maior
estudo e não suposições. História se faz com fatos, documentos.
A história do
Cangaço está a dever a verdadeira importância da mulher nesse movimento que
durou anos seguidos em todo Nordeste sendo odiado e temido por uns e aplaudido
por tantos. A contradição ainda há.
Se, o
cangaceiro ainda é enquadrado como bandido (76 anos depois da morte de
Lampião), a mulher dele, não passa de uma bandida, bandoleira e até criminosa.
Elas chegaram
a somar 40, após 1936, já nos últimos anos. Mas poucas ficaram famosas.
Existiram aquelas que, mesmo no anonimato, tiveram importância reconhecida
pelos historiadores. É o caso de Dulce, a doce a segunda companheira de
Criança. Assim era chamado João, que entrou no bando quase menino…
Reconstruir
essas vidas, a exemplo de Dulce, é uma tarefa quase impossível diante da
ausência de informações, como era o costume da época que nada registrou. Mesmo
que se restaure o passado, a história não será a mesma. Esse tributo à mulher
cangaceira ainda está por vir.
Fonte: http://www.mulheresdocangaco.com.br/dulce-ainda-vive/
Página: Ruas
Menezes Ruas
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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