*Rangel Alves
da Costa
Uma doença -
mais afeiçoada a um transtorno causado por grave e desavergonhado desvio de
personalidade - se alastra de forma assustadora: a esquerdopatia. Seu conceito:
patologia provocada pela não aceitação da realidade após a perda da dominância,
com impulsos obsessivos de defesa do indefensável, além de perigosas tendências
de reprimir as perdas através de fanatismos e alucinados ataques contra tudo e
todos que não sejam portadores da mesma doença. Seu delírio mais contumaz: É
golpe. Sua mais completa alucinação: Fora, Temer!
Para conhecer
melhor a definição de esquerdopatia, urge destrinchar sua nomenclatura.
Originária do termo idiopatia, uma espécie de doença que leva à subserviência
política e social, ao extremismo partidário e à cegueira da verdade real, a
esquerdopatia situa-se como um estágio mais crítico da mesma moléstia.
Constitui-se num doentio mundo ilusório, onde a única satisfação é culpabilizar
os outros pelos próprios erros, lutar com unhas e dentes para a destruição do
que vem sendo construído, assenhorear-se do senso de vítima para praticar todos
os tipos de atrocidades.
O portador de
esquerdopatia afeiçoa-se muito ao lobo em pele de cordeiro, ao medroso que só
age de emboscada. Raivoso igual a cão doente, mas só morde através dos outros. Inconformado
e prometendo revirar o mundo, porém só age pela mão do outro. Por isso mesmo
que se manifesta através de pessoas sem noção crítica da realidade, que não têm
condições de se reconhecerem usadas, bem como aquelas que levantam a voz e
bandeiras sem ao mesmo saber o motivo de assim fazê-lo.
Suas
principais características são o inconformismo, pois teima em negar o que já
está comprovado; a fuga da realidade, pois vive num mundo onde só tem validade
sua visão partidária; o fanatismo, vez que seu faccionismo partidário chega ao
extremo de endeusar lideranças corruptas e até condenadas; o extremismo, pois,
através dos outros, utiliza de todas as armas possíveis para a
desestabilização; o interesse pessoal, considerando que, muitas vezes, todo o
inconformismo diz respeito à perda de benesses e de cargos.
A
esquerdopatia se manifesta e se alastra principalmente através da ignorância
dos outros. Quando mais a pessoa for jovem, cheia de vigor e de ilusões, mas
que não tenha entendimento insuficiente sobre as realidades (ora, dizem que uma
estudante fez parte de ocupação pensando que o governo ia proibir a garrafa
PET. Saiu quando soube que era contra uma tal de PEC que não conhecia), mais o
esquerdopata procura manipulá-la para a prática de ações que somente a ele
interessa. O esquerdopata faz assim nos movimentos sociais que ocupam estradas
e invadem prédios públicos, na ocupação de escolas, nas passeatas violentas.
Enquanto os outros agem, ele se mantém à distância, às escondidas.
As primeiras
descrições científicas sobre a doença são originárias da perda de poder pela
esquerda. Quando o principal partido político brasileiro da esquerda chegou ao
poder, seus partidários se mostravam apenas ansiosos para demonstrar capacidade
de transformação de seus líderes políticos perante a encastelada e conservadora
elite política brasileira. Mas ao passar a governar, logo ficou patente que os
suas principais lideranças possuíam uma mesma patologia: um acentuado desvio de
comportamento, com tendência cada vez maior à esperteza, à ilicitude e à
corrupção. Uma doença incurável para alguns.
Quando os atos
de corrupção perderam o controle e o poder da esquerda começou a desmoronar,
então a esquerdopatia começou a se manifestar entre os outrora poderosos
esquerdistas. Como não podiam mais defender seus desvios de personalidade, seus
anomalias comportamentais e suas ilicitudes, então passaram a contra-atacar.
Assim a esquerda, já sem poder e sem moral, não viu outra saída senão tentar, a
todo custo, desestabilizar a vida brasileira, incluindo a política e a social.
Contudo, como
ainda assim nada conseguiu - e feito cão raivoso salivando ódio -, passou a
agir como em pequenas guerrilhas urbanas. Vivem a cata de qualquer desculpa
para invadir escolas, ocupar órgãos públicos, fazer arruaças, transtornar a paz
social. Protestam contra a direção do vento, contra o brilho da lua, contra
tudo, e sempre esquecendo que um dia foi governante.
O problema
maior é que, perante o afundamento sem volta da esquerda, o caminho da
esquerdopatia é se transformar em loucura, ainda que disfarçada. Aí só há um
remédio: a lei para colocar o doente em seu devido lugar.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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