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sábado, 7 de janeiro de 2017

A MULHER CANGACEIRA

Por Franci Mary Carvalho Oliveira

Quando falamos da mulher nordestina não podemos deixar de exaltar a sua força, coragem e, principalmente, a sua capacidade criativa diante das adversidades sociais, climáticas e econômicas impostas às mesmas.

Percebemos essa coragem da mulher em outras regiões brasileiras, mas, com destaque merecido, o papel de mulher Cangaceira coube às nordestinas.


Em uma sociedade economicamente e socialmente desigual, surge no meio hostil do Cangaço a cangaceira, mulher e amante tornando o ambiente até então composto apenas de homens rudes e violentos, entra nesse cenário as belas, as sensíveis e sonhadoras mulheres, agora vivendo uma realidade jamais sonhada ou esperada e sem saberem que estariam escrevendo seus nomes numa história de sangue, sofrimento e muitas lágrimas.

Bandidas? Vitimas? Ouso dizer que elas foram, antes de tudo, apenas mulheres que desafiaram a si mesmas, suas fragilidades físicas e emocionais, provando que são fortes e resistentes às mais diversas situações a elas impostas.

Muitas delas entraram forçadas, mesmo assim, suportaram com altivez o destino imposto. Outras entraram em busca de outra alternativa de vida, diferente do que era oferecido às mulheres de sua época.

Sonhos desfeitos, desilusões e realidade jamais pensadas. Essa foi a mulher cangaceira.

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