https://www.youtube.com/watch?v=XvjEd5-xXMk
Publicado em
27 de mar de 2014
VIRGULINO
FERREIRA DA SILVA-LAMPIÃO O REI DO CANGAÇO
Nascido na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, no semiárido do estado de
Pernambuco, foi o terceiro filho de José Ferreira da Silva e Maria Lopes de
Oliveira. O seu nascimento só foi registrado no dia 7 de agosto de 1900. Até os
21 anos de idade ele trabalhava como artesão, era alfabetizado e usava óculos
para leitura, características bastante incomuns para a região sertaneja e pobre
onde ele morava.
Uma das versões a respeito de seu apelido é que ele modificou
um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que o cano aquecia tanto
que brilhava dando a aparência de um lampião.
Sua família travava uma disputa
mortal com outras famílias locais até que seu pai foi morto em confronto com a
polícia em 1919. Virgulino jurou vingança. Tornou-se um mito em termos de
disciplina. O bando chamava os integrantes das volantes de "Macacos"
- uma alusão ao modo como os soldados fugiam quando avistavam o grupo de
Lampião: Durante os 20 anos seguintes (começou aos 21 anos),
Lampião viajou com
seu bando de cangaceiros, que nunca ultrapassou o número de 50 homens, todos a
cavalo e em trajes de couro, chapéus, sandálias, casacos, cintos de munição e
calças para protegê-los dos arbustos com espinhos típicos da vegetação
caatinga. Para proteger o "capitão", como Lampião era chamado, todos
usavam sempre um poder bélico potente. Como não existiam contrabandos de armas
para se adquirir, em sua maioria eram roubadas da polícia e unidades
paramilitares. A espingarda Máuser e uma grande variedade de pistolas
semiautomáticas e revólveres também eram adquiridos durante confrontos. A arma
mais utilizada era o rifle Winchester.
Lampião foi acusado de atacar pequenas
fazendas e cidades em sete estados além de roubo de gado, sequestros,
assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques. Entretanto para muitas
pessoas, especialmente no Nordeste, tem-se imagem de que Lampião era como o
Robin Hood do sertão brasileiro, que roubava de fazendeiros, políticos e
coronéis para dar aos pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar
famílias com inúmeros filhos.
Era devoto de Padre Cícero e respeitava as suas
crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, no ano de 1926, em
Juazeiro do Norte. Sua namorada, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria
Bonita, juntou-se ao bando em 1930 e, assim como as demais mulheres do grupo,
vestia-se como um cangaceiro e participou de muitas das ações do bando.
Virgulino e Maria Bonita tiveram uma filha, Expedita Ferreira, nascida em 13 de
setembro de 1932. Há ainda a informação controversa de que eles tiveram mais
dois filhos: os gêmeos Ananias e Arlindo Gomes de Oliveira, mas nunca foi
comprovada a verdade dos fatos.
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