Por Sálvio Siqueira
“(...) Alcino
Alves Costa – sobrinho do cangaceiro poeta Manoel Marques da Silva, o Zabelê -,
nasceu em Poço Redondo – SE, e aí viveu intensamente como ativo protagonista e
guardião de sua história contada numa dezena de livros.
Filho de Ermerindo
Alves da Costa e de Emeliana Marques da Costa, Alcino foi um politico que amava
sua terra e costumes. Foi prefeito por três vezes do município de Poço Redondo
– SE, deixou a política para se dedicar ao estudo do cangaço e das ricas
tradições culturais de sua terra natal amada.
Grande
contador de causos, um caipira como gostava de ser chamado, é referência
obrigatória em se tratando de cangaço. Mesmo sendo um profundo conhecedor da
saga lampiônica, não tinha a presunção daqueles que se consideram dono da
verdade. Gostava de dizer, essa é a minha versão.
O seu primeiro livro sobre o
cangaço, já em terceira edição, teve o prefácio da professora antropóloga
Luitgarde Barros, que escreve: “este livro não é de ficção”, pelo contrário, o
livro tem como objetivo a desmistificação de alguns detalhes envolvendo um dos
fenômenos social mais estudado do Brasil, o cangaço. Alcino é um grande
contador de estórias ou histórias. Seus livros são muito bem escritos e
referenciados com outros escritores da mesma saga.
Muitas vezes Alcino corrige
informações contidas em outros livros referência da saga do cangaço. É um
escritor que escreve com paixão a dura realidade de um nordeste exsicado pelas
longas secas onde sobrevivem as plantas cactáceas: xiquexique, macambira,
quipá, mandacaru, cabeça – de – frade e facheiro. E por que não falar da árvores sagrada do sertão, o umbuzeiro. Árvore que mata a sede, serve de sombra
e de refúgio para beatos e cangaceiros. A crueldade do bando de Lampião não é
maior que a dos volantes.
Muitas vezes existe uma migração de um lado para
outro. Zé Rufino, por parte dos Volantes e, Lampião, por parte dos bandidos,
foram os marechais do sertão e vinha do mesmo tronco familiar. Tanto volantes
quanto os bandidos assustavam e espoliavam os homens que habitavam aquele estranho
e perverso mundo(...).” (www.substantivoplural.com)
Mais uma
produção do pesquisador cearense Aderbal Nogueira,
o ‘Benjamin da atualidade’.
Aderbalvídeo
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