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quinta-feira, 16 de maio de 2019

FAMILIARES NARRAM A IMPRENSA SOBRE A MARIA DO CAPITÃO LAMPIÃO

Por: Rostand Medeiros
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Estamos na semana do Dia Internacional da Mulher. Uma data muito positiva para glorificar aquelas as quais os homens devem muito. Pois sem elas, para começo de conversa, nem sequer veríamos a luz do nosso caliente sol nordestino.
Maria Bonita - Fonte - http://raimundopajeu.blogspot.com/
Em minha opinião, pela força, garra, capacidade e muitos outros adjetivos positivos, todo dia é dia das mulheres.
Sobre mulheres, mais especificamente sobre mulheres nordestinas, acredito que para o imaginário da grande maioria dos habitantes da nossa região, quando por aqui desejamos facilmente visualizar a figura de uma mulher batalhadora, lutadora, normalmente projetamos em nossas mentes a imagem das cangaceiras.
Evidentemente que não foram as cangaceiras as únicas mulheres de luta de nossa região. Nem vale a pena caracterizá-las apenas como companheiras de fora-da-lei que seguiam armados pelos sertões nordestinos, com suas roupas características, suas armas, sua valentia, seus cabelos grandes, suas apragatas. Igualmente em relação à entrada das mulheres no cangaço não podemos dizer que elas desejavam tão somente a busca de uma certa liberdade.
Os pesquisadores do assunto enumeram vários motivos que levaram as mulheres a se tornarem cangaceiras. Mas certamente em termos de liberdade, as cangaceiras estavam muito mais avançadas que a grande maioria das mulheres que viviam naquele Nordeste extremamente machista.
E entre estas mulheres de cangaceiros, a figura maior é indubitavelmente Maria Gomes de Oliveira, a Maria do Capitão Lampião, Maria Déia, ou Santinha, mas que ficou conhecida em todo o mundo como Maria Bonita.
 A NARRATIVA DE ZÉ FELIPE 
Sobre esta mulher sabemos que se chamava Maria Gomes de Oliveira, que nasceu no dia 8 de março de 1911, na fazenda Malhada do Caiçara, no Estado da Bahia e seus familiares chamavam-na de Maria Déia. Já seus pais eram os fazendeiros Maria Joaquina da Conceição e José Gomes de Oliveira.
Muito já foi escrito, muito já foi analisado e muito já foi comentado sobre ela. Mas não custa nada trazer para o público do nosso blog “Tok de História” duas antigas reportagens jornalísticas realizadas com familiares da famosa cangaceira.
O Jornal, Rio de Janeiro, 7 de setembro de 1958
Vinte anos após a morte de Lampião e Maria Bonita na Grota do Angico, o repórter A. C. Rangel e o fotógrafo Rubens Boccia seguiram para o sertão a serviço do periódico carioca “O Jornal”. Este era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, sendo o primeiro veículo jornalístico adquirido pelo poderoso Assis Chateaubriand e se tornou o embrião do que viria a ser a empresa jornalística Diários Associados. O objetivo dois profissionais da imprensa era realizar uma entrevista com o pai de Maria Bonita, José Gomes de Oliveira, mais conhecido como Zé Felipe. [1]
Na edição de domingo, 7 de setembro de 1958, o periódico carioca estampava a manchete “Maria Bonita era tão má quanto Lampião” e informava sobre a entrevista junto ao pai da famosa cangaceira.
Para o jornalista Rangel, o seu entrevistado estava “na casa dos setenta”, mas mostrava-se forte e lúcido. O homem do jornal ficou surpreso ao descobri que Maria Bonita havia habitado cinco anos debaixo do mesmo teto com outro homem, o sapateiro José Miguel da Silva, apelidado Zé de Neném (ou “Zé de Nenê”).
O pai de Maria Bonita nada narrou sobre a esterilidade do sapateiro e nem sobre o primeiro marido da sua filha, mas comentou que ficou arruinado com a união de Maria e o “Rei do Cangaço”. Ele afirmou ao jornalista que em consequência daquela união passou oito anos andando pelo norte do país, verdadeiramente como um “cão escorraçado e sem sossego”.
Zé Felipe comentou que após Maria decidir seguir os passos de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, nas poucas vezes que pode estar frente a frente com a sua filha, buscou convencê-la a deixar aquela vida. Atitude bastante razoável para um pai diante daquela situação. Comentou que Lampião vivia como um “alucinado” e que não parava em parte alguma. Mas como bem sabemos, ele não conseguiu convencer a filha.
Grande parte da entrevista procura mostrar Maria Bonita como uma mulher muito valente, até mesmo violenta, que encarava Lampião sem medo.
O jornalista Rangel informa que Zé Felipe lhe narrou que em uma ocasião em meio a uma caminhada forte, com a polícia seguindo nos calcanhares, Maria Bonita foi ficando cada vez mais para trás, pois trazia embalada uma criança sua, com pouco tempo de nascida. Sem explicar como, a reportagem informa que a cangaceira com seu filhinho pegou um cavalo e conseguiu chegar próximo ao bando. Como a criança chorava muito, Lampião se exasperou e, para evitar que o bando fosse encontrado pela polícia, quis “sangrar” com um punhal seu próprio filho.  Mas Maria saltou de punhal na mão e encarou o chefe cangaceiro frente a frente e este desistiu de sua ação. Noutra ocasião Zé Felipe narrou ao jornalista Rangel que Maria tinha ficado raivosa com o companheiro e chegou a quebrar-lhe uma cabaça d’água na cabeça. [2]
Em outra parte da narrativa, o velho Zé Felipe narrou uma desobediência de sua filha perante Lampião.
Sem dizer a data, afirmou que em uma ocasião o bando chegou a um lugar denominado Girau do Ponciano após haver praticado saques. Por alguma razão que Zé Felipe não detalhou, Maria passou a pegar várias peças de pano, de várias cores, jogando-as para cima e depois pisando no pano. Daí media até o alto da sua cabeça e depois mandava cortar aquele pedaço e entregava aos mais pobres do lugarejo dizendo “-Quem tá noiva prá casar ganha uma peça”. O pai da cangaceira afirmou que apenas ela podia fazer aquele tipo de coisa e que Lampião estava zangado com ela na ocasião por alguma “Ruga” (Rusga), mas não comentou a razão. [3]
Maria Bonita - Fonte - http://umas-verdades.blogspot.com/
Zé Felipe aos periodistas que até comentou que até aquela data não conseguia compreender o desejo irascível de Maria seguir atrás de Lampião. Mas quem pode explicar as razões do amor?
É sempre interessante ler antigas reportagens ligadas aos participantes do cangaço, com informações transmitidas por seus próprios parentes, por aqueles que conviveram com a figura pesquisada debaixo do mesmo teto. Mas interessante ainda é quando estas opiniões foram relatadas a jornalistas anos depois do fim do cangaço, quando muito da apreensão de se falar sobre os personagens deste assunto havia desparecido. Mas esta matéria de 1958 se mostrou bastante limitada, pouco detalhista e tendenciosa ao sensacionalismo. Mostrando uma extrema limitação do jornalista, que a nosso ver perdeu uma grande oportunidade de conhecer mais detalhes da vida da companheira de Lampião através do relato do seu próprio pai.
UM POLÍTICO DESCOBRE A IRMÃ DE MARIA BONITA
Publicada no periódico soteropolitano “Diário de Notícias”, edição de domingo, 4 de novembro de 1970, trinta e dois anos depois da morte do mais famoso casal de bandoleiros do país, trás a assinatura do jornalista Renato Riella e fotos de Aristides Baptista e a principal entrevistada foi a Senhora Amália Oliveira, a irmã de Maria Bonita. [4]
Naquele ano de políticas ditadas pelos militares que dominavam Brasília e a euforia do tricampeonato de futebol, o jornalista Riella tratou a irmã da cangaceira respeitosamente como Dona Amália. Já no começo do relato esta senhora informou que Maria tinha era “Muito medo de Lampião antes de conhecê-lo”. Mas completou afirmando que ela era “Uma mulher comum, com sentimentos bastante humanos”.
Diário de Notícias, Salvador, ed. 4 de novembro de 1970
O jornalista Renato Riella encontrou Dona Amália hospedada em Salvador, na casa de um cidadão por nome de José Augusto, então candidato a deputado estadual. Ela havia chegado a esta casa quando em um dia de 1970, este aspirante a um cargo político visitou um pequeno povoado denominado Riacho, na região próxima a cidade de Paulo Afonso, Bahia, em plena campanha eleitoral.[5]
Nesta localidade o candidato foi lanchar em um bar e soube que ali morava um cidadão que tinha graves problemas de saúde e que necessitava de ajuda e José Augusto foi então visitar esta pessoa. Nesta casa ele conheceu Dona Amália e descobriu que seu marido se chamava Manuel Silva e era a pessoa que precisava de apoio. Em meio a conversa, o candidato soube que aquela senhora era irmã de Maria Bonita. [6]
Depois de conhecer a situação o casal seguiu para a residência do candidato na capital baiana. No momento em que era feita a reportagem, José Augusto ainda não havia conseguido vaga na rede hospitalar para Manuel Silva. Imaginava-se que ele estava acometido de reumatismo, mas descobriu-se que era câncer no pulmão, em avançado grau. [7]
Diário de Notícias, Salvador, ed. 4 de novembro de 1970
Ao ler a reportagem e ver as fotos que trazem Dona Amália, aparentemente ela estava bastante tranquila quando respondeu aos questionamentos do jornalista Renato Riella. Logo o repórter descobre que o marido de Dona Amália era irmão do sapateiro José Miguel da Silva, o Zé de Neném, ex-marido da famosa cangaceira.
A SEPARAÇÃO DE MARIA BONITA
Ela informou que era alguns anos mais jovem que Maria Bonita, mas que havia sido criada junto a ela. Já em relação a razão da separação do casal a Dona Amália contou ao jornalista Riella uma interessante história.
Ela informou que era alguns anos mais jovem que Maria Bonita, mas que havia sido criada junto a ela. Já em relação a razão da separação do casal, Dona Amália em nenhum momento fez algum comentário sobre a provável infertilidade do seu cunhado. Mas narrou ao jornalista Riella uma interessante história.
Um dia Maria encontrou no bolso da calça do esposo um pente de pedra. Um pente de pentear cabelo de mulher. Sabendo que o marido tinha o hábito de realizar “aventuras” fora do leito matrimonial, ao inquiri-lo sobre a existência daquele objeto o diálogo azedou, logo se transformou em bate boca e culminou em uma agressão física. Segundo a irmã de Maria Bonita, Zé de Neném feriu sua esposa três vezes no braço, com um canivete do tipo “corneta”. [8]
Segundo Dona Amália o diálogo que levou a agressão, textualmente reproduzido na reportagem, se desenrolou desta maneira;
- Onde achou este pente? Perguntou Maria.
- Não lhe interessa.
- Não me interessa por quê? Retrucou a esposa.
- Porque não. Foi a resposta dura de Zé de Neném.
Diante da violência vergonhosa, Maria seguiu para a casa dos seus pais no Sítio Malhada da Caiçara. Zé Felipe ao saber do ocorrido teria sentenciado “-Daqui a dois dias você esquece tudo”.
Segundo a versão transmitida por Dona Amália, a sua irmã Maria não esqueceu e passados oito dias do entrevero conjugal estourou a notícia:
-Lampião vem aí!
Dona Amália comentou que todos ficaram com medo, inclusive Maria. A irmã mais nova da “Rainha do Cangaço” informou ao repórter que estava gripada e tossindo muito. Maria avisou que ela deveria parar de tossir “-Por que ele (Lampião) pode lhe matar”.
Dona Amália, irmã de Maria Bonita - Diário de Notícias, Salvador, ed. 4 de novembro de 1970
Ela afirma que Lampião e seus homens ficaram em um local próximo a propriedade da família e que seu pai matou um bode para alimentar os cangaceiros. As moças do lugar, diante do acontecimento anormal, resolveram fazer uma visita ao local. Dona Amália afirma que Maria primeiramente tinha bastante medo de se aproximar dos cangaceiros, mas acabou seguindo para o coito. Lá conheceu o chefe do bando, sendo por ele bem tratada. Aos poucos, segundo sua irmã mais nova, foi se aproximando do grande cangaceiro.
Lendo a versão transmitida por Dona Amália, é fácil deduzir que certamente Maria estava bastante magoada com a agressão realizada por seu marido. Consequentemente a ideia (e depois a decisão) de abandonar o esposo foi uma reação natural de defesa. Neste sentido, baseado no relato da reportagem, é possível conceber que a aproximação com Lampião poderia ter sido iniciada tanto pela admiração natural que a vida de cangaceiro exercia nas sertanejas, como por uma ideia de ter um homem que a protegesse?
Independente desta questão, logo após este encontro Dona Amália afirma que receberam a notícia que a polícia logo viria “visitar” a casa de Zé Felipe, para saber da sua relação com Lampião. Em pouco tempo todos estavam arrumando seus pertences, inclusive Maria. Seguiram em direção ao estado de Alagoas e transportavam poucas coisas, alguns membros da família praticamente sairam apenas com a roupa do corpo.
Quando o grupo familiar chegou à casa de uma das avós das meninas, no lugarejo Rio do Sal, a jovem Maria Déia decidiu ficar nesta casa. [9]
Oito dias depois a família tomou conhecimento que ela estava acompanhando Lampião.
ÚLTIMO ENCONTRO
Dona Amália recordou em 1970 o último encontro que teve com a irmã famosa.
O fato se deu no lugar Salobro e nesta ocasião Dona Amália encontrou sua irmã “muito alegre”. O seu relato aponta que Maria Déia estava realmente muito bem com a sua nova vida.
Ela conta que a irmã chegou até mesmo a fazer uma brincadeira “até certo ponto infantil”. Ela colocava dentro de uma rede vários objetos tipo pentes anéis e outras joias.  Daí quem saltasse mais alto sobre a rede ganhava os prêmios. Dona Amália afirmou que não ganhou nada, mas que uma moça do lugarejo ficou com vários dos regalos. Ela lembrou que sua irmã mais velha lhe falou que estava gostando da vida ao lado de Lampião e revelou uma grande admiração por ele. Mas também lhe disse que não queria ninguém de sua família naquela vida.
Com o passar do tempo Dona Amália só tomava conhecimento da vida da irmã através da narrativa de pessoas vindas de fora. E foi desta forma que ela soube da morte de Maria Déia em 1938.
Fim de Lampião, Maria Bonita e seu bando. Fonte - http://blogdathayanne.blogspot.com/
Ao ler o trabalho do jornalista Renato Riella percebi que este se apresenta com uma narrativa muito mais detalhista e aberta, mostrando que esta entrevista foi muito bem conduzida, trazendo alguns fatos sobre a vida da mulher de Lampião.
Infelizmente esta reportagem de 1970 não informou maiores detalhes do destino de Dona Amália e seu esposo. Já o pesquisador e escritor da cidade de Paulo Afonso, João de Sousa Lima, em seu ótimo livro “A trajetória guerreira de Maria Bonita, a Rainha do cangaço”, 1ª ed., 2005, na página 90 informa que Amália nasceu em 10 de julho de 1916,era conhecida na família como Dondon. O autor informa que ela e seus seis filhos seguiram para a cidade de Osasco, no estado de São Paulo, aonde veio a falecer no dia 12 de maio de 1996, em decorrência de um infarto.

[1] Sobre o jornalista A. C. Rangel nenhuma referencia encontrei. Mas em relação ao fotógrafo Rubens Boccia temos várias informações (Ver - http://terceirotempo.bol.uol.com.br/quefimlevou_especial_foto.php?id=2288&sessao=f&galeria_id=2052&foto_id=19532  /  http://edemarannuseck.blogspot.com/2011/04/wilson-de-freitas.html
[2] Existem algumas obras sobre o tema cangaço que apontam situações parecidas como as narradas pelo pai de Maria Bonita nesta matéria. Mas no caso da criança, por mais bruto que fosse Lampião quanto bandoleiro, havia uma relação muito positiva entre ele e Maria Bonita e não acredito que ele chegasse a este tipo de atitude em relação ao seu próprio filho.
[3] Em contato com o amigo Ivanildo Silveira, competente Promotor de Justiça em Natal-RN e grande conhecedor do tema cangaço, me informou que este fato nunca foi comentado por cangaceiros sobreviventes. Entretanto existe um município no sul do estado de Alagoas denominado Girau do Ponciano, a vinte e seis quilômetros da cidade de Arapiraca. Segundo o pesquisador Kiko Monteiro, em artigo publicado neste blog “Tok de História”, um comerciante deste local de nome Eloy Mauricio, tive os seus armazéns saqueados pelo bando de lampião em abril de 1938, três meses antes da morte de Maria Bonita e seu companheiro. Teria sido nesta ocasião e neste local que se deu o fato narrado por Zé Felipe aos jornalistas em 1958? Infelizmente não conseguiu confirmação. (Ver - http://tokdehistoria.wordpress.com/2011/08/06/canhoba-em-sergipe-e-rota-do-cangaco-os-carvalhos-lampiao-e-o-estado-menor/). Já sobre o pai de Maria Bonita, segundo o pesquisador e escritor João de Sousa Lima, no seu livro “A trajetória guerreira de Maria Bonita, a Rainha do cangaço”, na pág. 87 temos a informação que Zé Felipe faleceu em 5 de março de 1965, sete anos após a entrevista aos jornalistas de “O Jornal”.
[4] João de Sousa Lima, no seu livro “A trajetória guerreira de Maria Bonita, a Rainha do cangaço”, na pág. 90 informa que o nome desta irmã de Maria Bonita seria Amália Oliveira Silva e Amália Gomes de Oliveira seria provavelmente seu nome de solteira. Sobre o jornalista Renato Riella ver - http://riella.blog-se.com.br
[5] O Povoado riacho dista vinte e cinco quilômetros de Paulo Afonso. (Ver - http://www.juraemprosaeverso.com.br/HistoriasDasCidadesBrasileiras/HistoriaDaCidadeDePauloAfonso.htm)
[6] Sobre o candidato a deputado estadual José Augusto informo que nada encontrei. A Assembleia Legislativa do Estado da Bahia possui em seu site na internet uma interessante página com pequenas biografias dos vários deputados que atuam e atuaram na casa. Mas não encontrei nenhuma referência a algum político com este nome. É certo que em 1970 houve um pleito onde os eleitores dos estados da federação escolheram diretamente seus candidatos ao senado, a câmara federal, para as assembleias legislativas, prefeituras e câmara de vereadores. (Ver - http://www.al.ba.gov.br/v2/deputados.cfm /   http://www.tse.jus.br/eleicoes/cronologia-das-eleicoes)
[7] João de Sousa Lima, livro “A trajetória guerreira de Maria Bonita, a Rainha do cangaço”, na pág. 90 confirma que Dona Amália havia casado com Manuel Oliveira Silva.
[8] Este canivete “Corneta”, comentado na reportagem pela Dona Amália seria o que atualmente é conhecido popularmente como canivete de “Eletricista”. Também era conhecido antigamente como “Pica Fumo”. Já o nome como esta peça de cutelaria era conhecido naquela época vem da tradicional fábrica Indústria e Comércio Corneta S.A., implantada a mais de 70 anos no Brasil por imigrantes alemães na cidade de São Paulo. Ver - http://www.corneta.com.br/
[9] João de Sousa Lima, livro “A trajetória guerreira de Maria Bonita, a Rainha do cangaço”, na pág. 30 informa que esta avó era a materna e se chamava Ana Maria. O autor aponta que Maria Déia decidiu ficar neste local para cuidar da saúde da avó e teria sido dali que ela seguiu definitivamente com Lampião.
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Extraído do blog "Tok de História", do historiógrafo e pesquisador do cangaço, Rostand Medeiros

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