Jesuíno Alves
de Melo Calado (Patu, 1844 — Belém
do Brejo do Cruz, dezembro de 1879) foi um cangaceiro brasileiro.
É considerado um dos precursores do cangaço no nordeste brasileiro.[1]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Origem[editar | editar código-fonte]
Também chamado
de "Jesuíno Brilhante" ou "O Cangaceiro Romântico", nasceu
de uma família da aristocracia rural sertaneja, no sítio Tuiuiú, região da
cidade de Patu, e virou bandoleiro em 1871 pelo fato de seu irmão ter apanhado
no meio da rua de sua cidade natal e pelo roubo de uma cabra que lhe pertencia.[2]
Diferente da
filosofia dos cangaceiros do século XX,
que roubavam e pilhavam, Jesuíno Brilhante foi considerado um cangaceiro gentil-homem,
um tipo de Robin Hood, pois adorava e era adorado pela população
pobre e sempre os ajudavam em questões financeiras e sociais, como subtrair dos
coronéis o que era dos nordestinos, quando saqueava os comboios de alimentos
que eram enviados pelo governo, para as vítimas das secas, mas que ficavam nas
mãos dos poderosos e nunca chegavam à população. Além disto, também era
defensor dos fracos, das crianças agredidas, dos velhos e das moças ultrajadas.
Entre 1871 e 1879, o cangaceiro romântico implantou um “Estado Paralelo” nos
sertões brasileiros.[3][4]
Morte[editar | editar código-fonte]
O desfecho
final de Jesuíno de Melo Calado foi numa emboscada na região das Águas do
Riacho de Porcos, na cidade de Belém do Brejo do Cruz, na Paraíba, quando levou
dois tiros e morreu pouco depois no local denominado de "Palha".
Seus restos
mortais estão desaparecidos, pois, após a sua morte, seu corpo foi levado pelo
médico Francisco Pinheiro de Almeida para exposição no Colégio Diocesano de
Mossoró por longos anos e, na sequência, fez parte do acervo museológico do
alienista Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, que por fim, removeu do
acervo sem dar paradeiro do destino final.
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