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quarta-feira, 13 de maio de 2020

CRISTINA DE PORTUGUÊS E GITIRANA...

Por Noádia Costa
Natural de Sergipe morava com sua família em uma fazenda no sertão desse Estado. Entrou para o Cangaço após a visita de um bando de cangaceiros a fazenda onde morava. De forma pacífica eles realizaram uma festa onde Cristina e outras mulheres começaram a dançar e algumas a flertar com os cangaceiros. Cristina com o desejo de correr o mundo e iludida com a vida no Cangaço seguiu o cangaceiro Português que se tornou seu companheiro. 
Com um olhar marcante que tinha como principal característica suas sobrancelhas grossas e bem arqueadas que muito lembram a pintora Frida Kahlo e um sorriso encantador, Cristina logo chamou a atenção do Cangaceiro Gitirana com quem teve um um envolvimento amoroso. Gitirana era conhecido por ser repentista habilidoso. 

Maria Bonita e Cristina
Após a descoberta da traição Cristina pede desesperada para ficar no grupo de Corisco e alega gostar de Gitirana, o que foi negado por Corisco que alegou que seria mais um ponto de discórdia sua permanência . Permitiu que a mesma ficasse por uns dias e em seguida seria devolvida a família em Propriá em Sergipe. 
No dia 20 de Julho Cristina seguiu viagem montada num cavalo acompanhada por um coiteiro de confiança . Foi assassinada a facadas por Luiz Pedro, Candieiro e Vila Nova. Oito dias depois, no dia 28 de Julho aconteceria a tragédia de Angicos que ceifou a vida do rei do Cangaço e de alguns companheiros. A traição feminina significava desonra e desmoralização do Cangaceiro e era paga com sangue. No intuito de lavar a honra do traído. O assassinato da mulher traidora também era uma forma de demonstração do poder masculino sobre sua companheira.
Noádia Costa, Teresina-PI
Fonte de pesquisa: Lampião As Mulheres e o Cangaço, de Antonio Amaury
Fotos: Benjamim Abraão

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