O achado foi feito no sitio arqueológico de Shimao, na China e está relacionado a uma espécie de ritual feito por tribos rivais
WALLACY FERRARI PUBLICADO EM 11/08/2020, ÀS 14H00
Um dos principais sítios arqueológicos da China revelou no início deste mês que, após retomar as escavações em decorrência da suspensão pela pandemia de covid-19, um poço com 80 crânios foi encontrado. Agora, os crânios foram identificados e apresentam características de uma formação humana do sexo feminino sem idade avançada.
A cidade-fortaleza de Shimao se tornou palco de uma das análises mais proveitosas para a Academia de Arqueologia de Shaanxi durante o século 21, principalmente pelos achados relacionados à Idade do Bronze. Com descobertas datadas em 4,3 mil anos, as raízes da civilização chinesa são descritas em diversas esculturas com iconografia antigas.
Na nova descoberta, publicada na revista National Geographic, os pesquisadores acreditam que a maioria das vítimas eram mulheres jovens que foram decapitadas ainda em vida, durante um ritual. Os cientistas acrescentam a possibilidade de que as mesmas eram prisioneiras, capturadas por pertencerem ao grupo rival dos líderes de Shimao.
Jessica Rawson, professora de Arte Chinesa e Arqueologia da Universidade de Oxford, acrescentou que a conclusão acrescenta na forma que a história reconhece o período: "O que é significativo é que Shimao, com muitas outras áreas, mostra que a civilização da China tem muitas raízes e não surge apenas do crescimento na Planície Central, no meio do rio Amarelo", disse ao National Geographic.
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