Lindomar
Castilho, nome artístico de Lindomar Cabral (Santa Helena de Goiás, Goiás, 21 de
janeiro de 1940[1]),
é um ex-cantor e instrumentista brasileiro, mais conhecido pela música -
baião "Chamarada" e pelo bolero "Você É Doida Demais", que se tornou
conhecido pelo Brasil através da série Os Normais da Rede Globo[2].
Outros de seus sucessos foram "Eu Amo A Sua Mãe" e o samba-canção "Tudo
Tem A Ver".
Em 1981
assassinou a sua segunda esposa de quem estava legalmente separado, Eliane de Grammont, e foi condenado a 12 anos e
dois meses de prisão. O caso foi listado pelo site Último
Segundo (do IG)
ao lado de outros "crimes famosos que chocaram" o Brasil.[3]
O último CD
gravado pelo cantor foi "Lindomar Castilho Ao Vivo"[1],
lançado pela Sony
Music no ano 2000 no auge dos fenômenos musicais do brega e forró.
Primeiros anos[editar | editar código-fonte]
Lindomar
Cabral nasceu no então distrito de Santa Helena[1],
pertencente à Rio Verde, em Goiás.
Mudando-se para Goiânia, entrou para a Faculdade de Direito e
no ano de 1960[4] começa
a trabalhar na Secretaria de Segurança Pública do estado, após ter
prestado concurso público, deixando a faculdade no segundo
ano do curso.
Carreira[editar | editar código-fonte]
Sua entrada
na música se
deu através do convite feito pelo diretor musical da gravadora Copacabana,
Diogo Mulero[5],
que em uma reunião na casa do compositor e escritor Bariani Ortêncio ouviu
Lindomar cantar. Prontamente Mulero o convida para gravar um disco e o
sugere o nome artístico Lindomar Castilho[4],
o qual adota em sua carreira. No final de 1962 Lindomar
grava seu primeiro álbum, intitulado "Canções Que Não Se Esquecem".
Logo o cantor
construiu uma carreira sólida cantando boleros e sambas-canções românticos,
se tornando um dos maiores vendedores de disco no Brasil da década
de 1970[4][5].
Seus discos chegaram a ser lançados simultaneamente no Brasil e nos Estados
Unidos.
Assassinato da
esposa[editar | editar código-fonte]
A paulista
Eliana de Grammont e Lindomar se casaram no dia 10 de março de 1979, dois anos
depois de se conhecerem nos corredores da antiga gravadora RCA, em São Paulo. O
cantor, na época, já era conhecido como o rei do bolero enquanto ela ainda
ensaiava os primeiros passos de sua carreira. Antes de casar, os dois decidiram
que ela não cantaria mais para se dedicar ao lar. O matrimônio fez, portanto,
Eliana abandonar a carreira profissional para se dedicar unicamente ao lar e
cuidar da filha Liliane de Grammont, fruto da união dos dois. Mas o casamento
não durou muito tempo. Devido às agressões e ciúmes alimentados pelo alcoolismo
de Lindomar, ela, aos 25 anos de idade, pediu a separação, o que Lindomar não
aceitou de bom grado; uma vez separada de Lindomar, ela se relacionou com o
primo dele, Carlos Roberto da Silva, conhecido como Carlos
Randall, que passou a ser parceiro musical da cantora quando ela começou a
retomar a carreira artística, despertando ainda mais os ciúmes do cantor quando
também Randall se separou da mulher.
Três meses
depois de separada, quando cantava no Café Belle Epoque, no bairro da Bela
Vista, em São Paulo, Eliane levou cinco tiros pelas costas, sendo que um dos
disparos feriu também o seu primo, o violonista Carlos Randall. Lindomar foi
preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão por um júri popular em 23 de
agosto de 1984. Depois de cumprir a pena, sendo seis anos em regime semiaberto,
Lindomar Castilho ganhou liberdade em 1996. Ainda enquanto preso gravou um
disco com o título "Muralhas da Solidão" dentro da penitenciária goiana[6][4].
Eliane de Grammont era irmã de Helena de Grammont, repórter da Rede Globo.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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