Por Cariri Cangaço
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Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, cearense da cidade de Ipu, um dos maiores brasileiros de todos os tempos. Com um espetacular tino e talento empreendedor; desde muito cedo mostrou um invulgar talento para os negócios; acabou se tornando um dos maiores visionários e realizadores do sertão, pioneiro no desenvolvimento do Nordeste. Foi mártir da luta contra o imperialismo e de origem absolutamente humilde ; órfão de pai e mãe, ex-vendedor de passagens em trem e acabou fazendo fortuna e construindo um império a partir de seu talento, trabalho e coragem.
O outrora órfão humilde, nascido no interior do Ceará e vivendo na periferia do Recife, rapidamente deu lugar ao promissor e ousado empresário; jovem, elegante e charmoso que despontava no mundo dos negócios. Em 1899, aos 36 anos, ele inaugura o Mercado do Derby; um complexo de negócios surpreendente para época, com centro comercial, hotel, velódromo e parque de diversões onde poderíamos encontrar desde alimento a artigos de luxo e sofisticados, itens para casa, aparelhos de louça, vestuário, tecidos, calçados, jornais, revistas e livros. O visionário Delmiro Gouveia criava ainda no final do século XIX o que iríamos conviver nos dias de hoje, com muita naturalidade: o shopping center.
Depois de desentendimentos com as elites politicas de Pernambuco, Delmiro testemunhou o incêndio criminoso da pérola da coroa de seus empreendimentos: em 1890 o Mercado do Derby seria a primeira vítima da coragem e destemor de seu criador; sendo incendiado por forças policiais. Três anos depois, o incômodo empresário e líder, Delmiro Gouveia, sai de Pernambuco e se estabelece nas Alagoas, povoado de Pedra.
Em Pedra, o inquieto e destemido empresário Delmiro inicia mais um empreendimento arrebatador; constrói uma fábrica de linhas de costura; as primeira do Brasil; e diante da necessidade de energia, enveredou simultaneamente no ramo hidroelétrico, em 1913 implanta uma usina hidrelétrica próxima à Cachoeira de Paulo Afonso (BA) — e daí sai a energia para a fábrica em Pedra, consolidava-se a surpreendente Usina de Angiquinho.
Delmiro Gouveia inovava em tudo o que se dedicava ; a Fábrica da Pedra chegou a ter cerca de 2.000 funcionários, submetidos a rígida disciplina tanto na fábrica como na vila onde tinham morada. A jornada de 8 horas de trabalho era compensada com educação e creche para os filhos e ampla área de lazer com sessões de cinema, festas e bailes, pista de patinação, campo de futebol e parque de diversões, algo absolutamente impensado para a época.
Em um tenebroso final de tarde do ano de 1917, no dia 10 de outubro, era friamente assassinado na varanda de seu Chalé, dando fim a uma das mais extraordinárias sagas que se tem noticia no sertão nordestino. Morria ali, de maneira covarde e infame, um dos maiores brasileiros de todos os tempos, vítima de suas próprias ambições.
Para conhecermos essa história a fundo, os pormenores da saga vitoriosa, sua vida, suas conquistas, seus amores e dessabores, e principalmente sua trágica morte; as possíveis causas, os suspeitos e a grande rede de insatisfações que cercava Delmiro, o complô, os executores e os possíveis mandantes, Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, recebe os pesquisadores e escritores; Gilmar Teixeira, autor do festejado livro "Quem Matou Delmiro Gouveia"; Edvaldo Nascimento, autor de "Delmiro Gouveia e a Educação na Pedra" e o jornalista, historiador, escritor e apresentador de televisão, João Marcos Carvalho; para mais um eletrizante Grandes Encontros Cariri Cangaço com o tema: "Quem Matou Delmiro Gouveia - A Saga do Maior Visionário do Sertão", GRAVADO AO VIVO , na quarta-feira, dia 04 de agosto de 2021 as 19h30 para o Canal do YouTube do Cariri Cangaço.
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