A rainha Elizabeth II, do Reino Unido, morreu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos, no Castelo de Balmoral, na Escócia. A Família Real, incluindo o filho mais velho e herdeiro da monarca, Charles, e sua esposa Camilla, os príncipes Andrew e Edward, além do neto da monarca, príncipe William foram até o castelo para serem informados do falecimento.
Charles automaticamente se tornou o novo rei. Aos 73 anos, ele será o monarca mais velho a ser coroado na história britânica. A coroação, uma cerimônia simbólica, deve ocorrer em até um ano. Ele usará o título Charles III.
Nos próximos dias, ele passará pelos países do reino em uma viagem de luto. Além disso, será realizado o funeral, assim como uma série de celebrações.
Estado de saúde
Médicos expressaram preocupação com a saúde da rainha Elizabeth II nesta quinta-feira, afirmando que a monarca britânica de 96 anos deveria permanecer sob supervisão médica.
A soberana com o reinado mais longo da Grã-Bretanha sofria de “problemas de mobilidade episódicos” desde o final do ano passado, de acordo com o Palácio de Buckingham.
“Após uma avaliação mais aprofundada esta manhã, os médicos da rainha estão preocupados com a saúde de Sua Majestade e recomendaram que ela permaneça sob supervisão médica”, disse o palácio em comunicado anteriormente. “A rainha continua confortável e em Balmoral”, completa.
Em outubro passado, Elizabeth passou uma noite no hospital e foi forçada a reduzir seus compromissos públicos desde então. Na quarta-feira, ela cancelou uma reunião virtual com ministros seniores depois de ser aconselhada a descansar por seus médicos.
No dia anterior, ela havia sido fotografada nomeando Liz Truss como a nova primeira-ministra do país em Balmoral, a 15ª premiê de seu reinado recorde. Uma fonte do palácio disse que familiares imediatos foram informados e minimizou as especulações de que a monarca sofreu uma queda.
Elizabeth é rainha da Grã-Bretanha e de mais de uma dúzia de outros países desde 1952, incluindo Canadá, Austrália e Nova Zelândia, e no início deste ano marcou seu 70º ano no trono com quatro dias de celebrações nacionais em junho.
“Deus salve o rei”
A primeira-ministra Liz Truss se pronunciou pouco tempo após o falecimento da rainha Elizabeth II. Em seu discurso, destacou que a rainha serviu como a “fundação” sob a qual o Reino Unido moderno foi construído, e que o país “cresceu e floresceu” durante o reinado da monarca, sendo “o grande país que é hoje devido a ela”.
Truss afirmou que “somos hoje uma nação pujante, moderna e dinâmica” e que Elizabeth II “forneceu a estabilidade e força que precisávamos”. “Ela era o espírito da Grã-Bretanha, e esse espírito continuará”.
Líderes mundiais repercutem
Uma série de lideranças políticas mundo afora repercutiram a morte de Elizabeth II. A Rainha faleceu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos, no Castelo de Balmoral, na Escócia.
O presidente da França, Emmanuel Macron, em suas redes sociais, definiu Elizabeth como “uma rainha de copas” e disse que a monarca “marcou para sempre seu país e o século”.
O ex primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que hoje é “o dia mais triste para o país” porque Elizabeth foi “a mais antiga e, em muitos aspectos, a melhor monarca da história”.
Johnson ainda disse que “uma luz brilhante se apagou” e classificou a rainha como “atemporal” e “maravilhosa”, afirmando ser difícil acreditar em sua morte.
Theresa May, que já foi primeira-ministra do Reino Unido de 2016 a 2019, lamentou a morte da rainha e disse que ela se dedicou “sem reservas a uma vida de serviço”. Theresa May ainda afirmou que foi “a honra da sua vida servi-la como primeira-ministra”.
O Papa Francisco enviou condolências ao rei Charles III e à população do Reino Unido pela morte da rainha e elogiou sua “vida de serviço irrestrito ao bem da nação e da Commonwealth”.
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Celebridades britânicas lamentam morte da rainha Elizabeth II
Uma das vozes mais marcantes do Reino Unido, o cantor Elton John manifestou pesar em publicação no Instagram.
“Junto com o resto da nação, estou profundamente triste ao ouvir a notícia do falecimento de Sua Majestade, a rainha Elizabeth. Ela era uma presença inspiradora e liderou o país em alguns de nossos maiores e mais sombrios momentos com graça, decência e um carinho genuíno. A rainha Elizabeth tem sido uma grande parte da minha vida desde a infância até hoje, e sentirei muito a falta dela”, disse o cantor.
Os cantores Ozzy Osbourne e Mick Jagger também publicaram mensagens em homenagem à monarca britânica.
“Lamento com o meu país o falecimento da nossa maior rainha. Com o coração pesado, digo que é devastador pensar na Inglaterra sem a rainha Elizabeth II”, escreveu Osbourne.
“Por toda a minha vida, Sua Majestade, a Rainha Elizabeth II sempre esteve lá. Na minha infância, lembro-me de assistir aos destaques do casamento dela na TV. Lembro-me dela como uma bela jovem, para a amada avó da nação. Minhas mais profundas condolências estão com a família real”, destacou Jagger.
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*em atualização
(publicado por Tiago Tortella, da CNN)
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