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quinta-feira, 11 de maio de 2023

UM PASSADO SOFRIDO

 Por José Mendes Pereira

José Felipe pai de Maria Bonita e seu genro - Fonte da foto: Do livro "A Trajetória Guerreira de Maria Bonita", do escritor João de Sousa Lima.

José Gomes de Oliveira era conhecido na sua região como Zé Felipe. Era o pai da rainha do Cangaço Maria Bonita. Seu Zé Felipe faleceu em 5 de Março de 1965 com 85 anos de idade. Na foto acima ele aparece ao lado do seu genro Edvard Ferreira. 

Parece que o que dizem sobre Virgolino Ferreira da Silva. o capitão Lampião, que era bem recebido na casa do seu sogro José Felipe de Oliveira, não bate certinho, pois o mais correto era que, o José Felipe não se afinava com o seu genro cangaceiro capitão Lampião.

DIZ O HISTORIÓGRAFO ROSTAND MEDEIROS: 

"O pai de Maria Bonita nada narrou sobre a esterilidade do sapateiro e nem sobre o primeiro marido da sua filha, mas comentou que ficou arruinado com a união de Maria e o Rei do Cangaço”. Ele afirmou ao jornalista que em consequência daquela união passou oito anos andando pelo norte do país, verdadeiramente como um “cão escorraçado e sem sossego”.

Sendo assim, nada de adulação por parte de José Felipe com o novo genro Lampião, que ganhara sem querer naqueles idos.

Logo abaixo, eu apresento aos amigos o link, sobre o trabalho do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros. O natalense fala claramente sobre a recusa de José Felipe com o seu novo genro. -  http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2014/10/familiares-narram-imprensa-sobre-maria.html

Se você quiser saber tudo sobre o que disse o pai da Maria Bonita ao repórter A. C. Rangel do periódico carioca “O Jornal”, que era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, e tinha como poderoso chefão o paraibano de Umbuzeiro o jornalista, empresário e político brasileiro Francisco Assis Chateaubriand, clique no link abaixo e faça uma boa leitura. É bem redigida pelo o Rostand Medeiros. Gostosa e prazerosa leitura.

Vamos ouvir em segredo o que o historiógrafo diz sobre eles: 

Historiógrafo Rostand Medeiros

(...) Vinte anos após a morte de Lampião e Maria Bonita na Grota do Angico, o repórter A. C. Rangel e o fotógrafo Rubens Boccia seguiram para o sertão a serviço do periódico carioca “O Jornal”.

Este era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, sendo o primeiro veículo jornalístico adquirido pelo poderoso Assis Chateaubriand e se tornou o embrião do que viria a ser a empresa jornalística Diários Associados. O objetivo dos profissionais da imprensa era realizar uma entrevista com o pai de Maria Bonita o José Gomes de Oliveira mais conhecido como Zé Felipe.

O pai de Maria Bonita nada narrou sobre a esterilidade do sapateiro e nem sobre o primeiro marido da sua filha, mas comentou que ficou arruinado com a união de Maria e o “Rei do Cangaço”. Ele afirmou ao jornalista que em consequência daquela união passou oito anos andando pelo norte do país, verdadeiramente como um “cão escorraçado e sem sossego”.

"Se ele passou oito anos fora de casa possivelmente não estava nem um pouco satisfeito com aquela união".

Zé Felipe comentou que após Maria decidir seguir os passos de Virgulino Ferreira da Silva o Lampião, nas poucas vezes que pode estar frente a frente com a sua filha, buscou convencê-la a deixar aquela vida. Atitude bastante razoável para um pai diante daquela situação. Comentou que Lampião vivia como um “alucinado” e que não parava em parte alguma. Mas como bem sabemos, ele não conseguiu convencer a filha.

(...) O jornalista Rangel informa que Zé Felipe lhe narrou que em uma ocasião em meio a uma caminhada forte, com a polícia seguindo nos calcanhares, Maria Bonita foi ficando cada vez mais para trás, pois trazia embalada uma criança sua, com pouco tempo de nascida. Sem explicar como, a reportagem informa que a cangaceira com seu filhinho pegou um cavalo e conseguiu chegar próximo ao bando. Como a criança chorava muito, Lampião se exasperou e, para evitar que o bando fosse encontrado pela polícia, quis “sangrar” com um punhal seu próprio filho. Mas Maria saltou de punhal na mão e encarou o chefe cangaceiro frente a frente e este desistiu de sua ação. 

Noutra ocasião Zé Felipe narrou ao jornalista Rangel que Maria tinha ficado raivosa com o companheiro e chegou a quebrar-lhe uma cabaça d’água na cabeça. [2] Em outra parte da narrativa, o velho Zé Felipe narrou uma desobediência de sua filha perante Lampião. (...)

Seu Zé Felipe faleceu em 5 de março de 1965, com 85 anos de idade, e dona Maria Joaquina Conceição de Oliveira, sofreu uma picada de cobra, não resistindo ao envenenamento, veio a falecer no ano de 1964, um ano antes de José Felipe.

Sobre a morte de José Felipe a informação é do site do historiador e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros -  http://tokdehistoria.com.br/tag/ze-de-nenem.

E sobre o dia e mês da morte de dona Maria Joaquina Conceição de Oliveira, não encontrei informação, somente o ano que foi em 1964, isto você poderá encontrar em sites conhecidos como sérios.

Não deixa de fazer uma visitinha ao blog Tok de História, do Rostand Medeiros. Basta clicar no link abaixo. Seus trabalhos são excelentes, tanto faz cangaço como aviação e outros.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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