Por defato.com
Quase um
século depois, Mossoró recebeu de volta a carta original do prefeito Rodolfo
Fernandes a Virgulino Ferreira Lampião, em que recusava atender o pedido de 400
contos de réis para evitar a invasão do bando do temido cangaceiro.
O documento
histórico foi entregue na tarde deste sábado, 13, exatamente no aniversário de
93 anos da resistência do povo de Mossoró ao bando de Lampião. A solenidade
aconteceu no Palácio da Resistência – sede da Prefeitura.
Coube ao
jornalista e historiador sergipano Robério Santos entregar as cartas nas mãos
da prefeita Rosalba Ciarlini.
A carta
endereçada ao coronel Antônio Gurgel, que era refém do bando, informava a
recusa pela entrega dos 400 contos de réis, que eram pedidos pelo cangaceiro
para que ele não invadisse a cidade. Diante da negativa, Mossoró se tornou alvo
de Lampião e do seu bando e, no dia 13 de junho de 1927, mostrou a resistência
do seu povo ao expulsar o bando da cidade.
LEIA A ÍNTEGRA
DA CARTA
"Antônio
Gurgel,
Não é possível
satisfazer-lhe a remessa dos 400.000 contos, pois não tenho, e mesmo no
comércio é impossível encontrar tal quantia. Ignora-se onde está refugiado o
gerente do Banco, Sr. Jaime Guedes. Estamos dispostos a recebê-los na altura em
que eles desejarem. Nossa situação oferece absoluta confiança e inteira
segurança.
Rodolfo
Fernandes"
O documento
foi encontrado por Robério Santos no estado de Sergipe. Ele decidiu entregá-lo
para a Prefeitura de Mossoró. O historiador explicou que um documento tão importante
e com uma representatividade histórica tão grande deve ser entregue ao
município. “Essa carta não merece estar na mão de um particular. Felicidade em
tê-la encontrado, mas ela fica agora n o Museu Lauro da Escóssia, em Mossoró.
Professor,
Jornalista, Cineasta, fotógrafo, romancista, pesquisador e criador da revista
OMNIA, Robério Santos foi também colunista da Revista Perfil, cofundador do
periódico Carta Serrana. Apaixonado por fotografia fez um magnífico trabalho de
reprodução de chapas fotográficas antigas dos grandes fotógrafos de Itabaiana,
cidade sergipana em que nasceu. Desde 2013, ocupa a cadeira 15 da Academia
Itabaianense de Letras e não esconde sua paixão por temas relacionados ao
cangaço.
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