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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O Cangaceiro Zé Baiano


 Foi um cangaceiro que integrou o bando de Lampião. Conhecido por sua crueldade, tinha o costume de marcar com um ferro em brasa as iniciais "JB" no rosto ou no púbis de mulheres de cabelo curto ou por estarem usando vestidos cujo comprimento ele considerava inconveniente, passando a ser conhecido por isso como o "ferrador de gente". Devido à cor de sua pele, foi apelidado também de "pantera negra dos sertões". Liderou seu próprio bando, em companhia do qual foi morto após uma emboscada em Alagadiço, povoado do município de Frei Paulo.


Lampião e seu bando invadiram Alagadiço pela primeira vez em 1930, arrombando casas e roubando pertences dos moradores. Pelo povoado estar em uma posição estrategicamente privilegiada, e por não contar com destacamento reforçado de polícia, os cangaceiros transitavam livremente pela região. Lampião voltou mais três vezes à Alagadiço; na segunda ocasião, procurou o coiteiro Antônio de Chiquinho, querendo informações sobre um destacamento policial que perseguia seu bando.


A última visita de Lampião ao povoado foi em 1934, quando deixou Zé Baiano sob o comando da região. Acompanhado de seus comparsas Demudado, Chico Peste e Acelino, ele aterrorizou a localidade, cometendo atrocidades, saqueando e impondo sua própria lei em Frei Paulo e vizinhanças.
O bando costumava esconder-se da polícia nas casas de fazendeiros, ou então na mata, mas foi o coiteiro Antônio de Chiquinho que acabou pondo um fim ao reinado de criminalidade de Zé Baiano.

O cangaceiro Zé Baiano

Cansado de ser perseguido pelos policiais devido ao envolvimento com o cangaço, o comerciante armou uma emboscada aos criminosos. Durante uma entrega de alimentos em 7 de julho de 1936, acompanhado dos conterrâneos:


Pedro Sebastião de Oliveira (Pedro Guedes), Pedro Francisco (Pedro de Nica), Antônio de Souza Passos (Toinho), José Francisco Pereira (Dedé) e José Francisco de Souza (Biridin), Antônio deu fim a Zé Baiano e seu bando. Manteve segredo do fato durante quinze dias, temendo represálias de Lampião.


O cangaceiro, contudo, decidiu não se vingar após ser convencido por Maria Bonita que o empreendimento poderia ser perigoso, pois o povoado contava com a presença de um canhão.


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