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segunda-feira, 12 de março de 2012

O valor cultural do Nordeste

Por: Carlos Eduardo

O sociólogo Voldi escreveu um texto cuidadoso criticando as acusações do Sr Pedro de Morais sobre um possível comportamento homossexual de Lampião e outros membros de seu bando de cangaceiros (Ver postagem neste mesmo blog). Sua critica é bem construída e a hipótese apresentada no livro do Sr Morais, é indefensável. Voldi vai além, faz uma análise do comportamento de parte da sociedade brasileira em tempos atuais e declara seu entendimento: “Penso que o Sertão do nosso Nordeste seja a única área verdadeiramente definidora de um caráter BRASILEIRO”. Acho que Voldi exagerou nessa afirmação
Em outro trecho, Voldi discordando da forma como parte dos meios de comunicação tratam a cultura nordestina, declara: - em nome de uma palavrinha mágica “FICÇÃO”, roteiristas e diretores têm adotado quase sempre o tom jocoso e depreciativo, como se o povo do SERTÃO nordestino fosse somente essa coisa que causa risos e diverte a nação. Adiante, o sociólogo inconformado fala de um desprezo nacional pelo sertão nordestino e sua gente.
Eu, muito humildemente quero divergir das opiniões de Voldi, pois não concordo absolutamente com essa opinião de que a nação vê o nordestino e sua cultura com desprezo e falta de seriedade. Nem tão pouco que o caráter brasileiro será exclusivamente resultante do povo nordestino. Para dar um exemplo bem simples e atual, no Carnaval do Rio de Janeiro, foram homenageados o Rei do Baião Luiz Gonzaga, a literatura de cordel, São Luis do Maranhão, e o escritor Jorge Amado. Entendo que a homenagem foi o reconhecimento do valor cultural da poesia nordestina e do talento dos dois artistas representantes da região. 

Carlos Eduardo
Rio de Janeiro
Extraúdo do blog: Cariri Cangaço

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