Pesquisadores, Sousa Neto (Barro). Sr. Elias Saraiva dos Santose o anfitrião José Cícero (Aurora)
Da Redação do Blog de Aurora e do site Cariri de Fato (JC)
Fotos: Karlos Marx
Fotos: Karlos Marx
Na época com a idade de 10, disse ele que chegou a levar comida da sua casa para o rei do cangaço no esconderijo do Diamante. Algumas vezes na companhia do seu pai, outras, sozinho. Lembra inclusive, do dia que levou algumas pamonhas feitas por sua mãe - uma oferta segundo ele para o bandoleiro. Ao receber a encomenda, recordar ainda hoje que Lampião sorridente pôs a mão sobre sua cabeça e disse algo o elogiando pela sua esperteza de menino. Decerto, num claro gesto de agradecimento pelo seu trabalho e tantas idas e vindas pelas veredas da caatinga, entre a sua casa e o local onde Virgulino ficara acoitado com seus comandados. Lembra igualmente que ele (Lampião) metera a mão no bornal que levava a tira colo e, em seguida colocou na sua mão umas moedas dizendo que era para pagar o presente da sua genitora. De maneira que até hoje ainda tem Lampião como uma pessoa simpática e respeitadora.
Era corrido o ano de 1927, época que historicamente ficou marcada por uma série de acontecimentos relacionados a invasão de Mossoró, seguido do episódio relativo a suposta tentativa de envenenamento do bando Lampiônico, que redundou no cerco, tiroteio e incêndio da fazenda Ipueiras de Aurora. A famosa traição do coronel Izaías ao seu amigo Lampião. Trama ao que tudo indica, arquiteta pelo coronel Arruda e Zé Cardoso, tendo como pano de fundo o major Moisés Leite de Figueiredo – comandante das volantes que desde o malogro de Mossosó e, dentro do Ceará, ficará no encalço do bandoleiro.
Era corrido o ano de 1927, época que historicamente ficou marcada por uma série de acontecimentos relacionados a invasão de Mossoró, seguido do episódio relativo a suposta tentativa de envenenamento do bando Lampiônico, que redundou no cerco, tiroteio e incêndio da fazenda Ipueiras de Aurora. A famosa traição do coronel Izaías ao seu amigo Lampião. Trama ao que tudo indica, arquiteta pelo coronel Arruda e Zé Cardoso, tendo como pano de fundo o major Moisés Leite de Figueiredo – comandante das volantes que desde o malogro de Mossosó e, dentro do Ceará, ficará no encalço do bandoleiro.
A trama para a suposta traição
O plano "A" seria, primeiro a suposta infiltração de alguns elementos (jagunços do coronel) e soldados disfarçados no bando de Lampião. Desconfiado, Lampião junto com os seus não concordaram com a ideia. Veio então, depois o plano "B" o oferecimento da comida envenenada que ficou a cargo de Miguel Saraiva, tido em alguns escritos lampiônicos como vaqueiro de Zé Cardoso. Na verdade ele era um dos proprietários da região do Diamante e, por conseguinte, amigos do coronel Izaías Arruda e de Zé Cardoso da Ipueiras e Cantins. Depois Coxá. Tipi, Monte Alegre, Izaíras e Taveira... Mas não era vaqueiro de profissão.
Há quem diga inclusive, que conhecera Lampião e privou da sua consideração e confiança primeiro que os donos da Ipueiras. Sendo, portanto, apontado como o homem que primeiro em Aurora fez a ponte que levara o rei do cangaço sob os interesse de Massilon Leite ao célebre coronel, nascendo daí por uma série de outros interesses dos potentados da época, a terrível trama com vistas a invadir a cidade norte-rio-grandense.
Conhecera Massilon um pouco antes, em face da amizade daquele com os cangaceiros da terra, moradores do riacho das Antas, Coxá lá pelas imediações do Diamante. Sendo Massilon Leite, como se sabe, um dos principais artífices da empreitada com vistas a invasão de Mossoró.
Antes mesmo de Lampião beirar as terras da Ipueiras, alguns cangaceiros do riacho das Antes dentre os quais Zé de Lúcio, José Cocô, Zé de Roque e Antonio Soares já haviam incursionado nos bandos de Massilon, Décio Holanda do Pereiro e do Próprio Izaías Arruda, na época sob o comando do seu vaqueiro e conhecido homem de confiança de Missão Velho.
Há quem diga inclusive, que conhecera Lampião e privou da sua consideração e confiança primeiro que os donos da Ipueiras. Sendo, portanto, apontado como o homem que primeiro em Aurora fez a ponte que levara o rei do cangaço sob os interesse de Massilon Leite ao célebre coronel, nascendo daí por uma série de outros interesses dos potentados da época, a terrível trama com vistas a invadir a cidade norte-rio-grandense.
Conhecera Massilon um pouco antes, em face da amizade daquele com os cangaceiros da terra, moradores do riacho das Antas, Coxá lá pelas imediações do Diamante. Sendo Massilon Leite, como se sabe, um dos principais artífices da empreitada com vistas a invasão de Mossoró.
Antes mesmo de Lampião beirar as terras da Ipueiras, alguns cangaceiros do riacho das Antes dentre os quais Zé de Lúcio, José Cocô, Zé de Roque e Antonio Soares já haviam incursionado nos bandos de Massilon, Décio Holanda do Pereiro e do Próprio Izaías Arruda, na época sob o comando do seu vaqueiro e conhecido homem de confiança de Missão Velho.
Seu Elias Saraiva – era filho de Zeca dos Santos - e este primo carnal de Miguel Saraiva.
A fazenda Ipueiras – foi palco de um dos episódios mais emblemáticos e notórios da história de Lampião, quando da sua incursão pelo Cariri cearense. O que culminou com a polêmica traição do coronel Izaías Arruda a Lampião. Fato ocorrido no começo da tarde do dia 7 de julho de 1927. Estando, portanto, por uma série de fatores, intimamente ligada ao acontecimento de Mossoró.
Certa feita, disse Seu Elias que estando Lampião com parte do seu bando na região de Cuncas no município do Barro onde participariam de um grande almoço oferecido por um rico fazendeiro do lugar, chega a notícias que o cangaceiro “Bom de veras” que vinha ao encontro de Lampião, acabara de assassinar um cidadão de bem nas proximidades da vila de Rosário. Simplesmente porque o tal cidadão, resistira em entregar seu cavalo ao cangaceiro.
A pessoa assassinada era também compadre do dono da fazenda. Ao saber da notícia Lampião ficou indignado. E mesmo com fome ordenou para que todo o bando se preparasse para partir. Ninguém comeria mais nada para que todos pagassem pela desfeita de “Bom de veras”.
Certa feita, disse Seu Elias que estando Lampião com parte do seu bando na região de Cuncas no município do Barro onde participariam de um grande almoço oferecido por um rico fazendeiro do lugar, chega a notícias que o cangaceiro “Bom de veras” que vinha ao encontro de Lampião, acabara de assassinar um cidadão de bem nas proximidades da vila de Rosário. Simplesmente porque o tal cidadão, resistira em entregar seu cavalo ao cangaceiro.
A pessoa assassinada era também compadre do dono da fazenda. Ao saber da notícia Lampião ficou indignado. E mesmo com fome ordenou para que todo o bando se preparasse para partir. Ninguém comeria mais nada para que todos pagassem pela desfeita de “Bom de veras”.
- Não quero cabra covarde e nem malvado no meu bando, -
Dissera o bandoleiro e logo, em seguida partiu contrariado, deixando as terras do Barro para trás.
Foi um conversa das mais proveitosas com o decano do Milagres o Sr. Elias Saraiva. Sobretudo para aqueles que sempre estão dispostos a aprender um pouco mais acerca da nossa verdadeira história.
Além de prestar uma palpitante entrevista o Sr. Elias ainda colaborou com informações preciosíssimas que, inclusive, serão utilizadas no livro “Lampião em Aurora – Antes e depois de Mossoró” que está sendo finalizado pelo professor e pesquisador José Cícero.
Pesquei no Blog da Aurora
Além de prestar uma palpitante entrevista o Sr. Elias ainda colaborou com informações preciosíssimas que, inclusive, serão utilizadas no livro “Lampião em Aurora – Antes e depois de Mossoró” que está sendo finalizado pelo professor e pesquisador José Cícero.
Pesquei no Blog da Aurora
E eu pesquisei no blog:
http://lampiaoaceso.blogspot.com
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