Por:
Clerisvaldo B. Chagas, Crônica Nº 870
LAMPIÃO NA
GRÁFICA
Alívio! Finalmente
depois de tanta luta, levamos “Lampião em Alagoas” para brigar com o dono da
gráfica mais pujante do estado.
Foto Wikipedia
Escrever um
livro com responsabilidade pode até ser fácil, mas a dose de paciência é sem
limite. Nossa previsão era fazer lançamento no dia 28 de julho, mas as coisas
não somente dependem de nós. É fase da pesquisa, ordem, correção, acréscimos,
cortes, digitação e tantas e tantas coisas mais para que possamos apresentar um
documento como verdadeiro e limpo. Depois de tudo pronto, surge o problema
monetário que não poucas vezes puxa na camisa por trás. Tudo resolvido, os
autores entregam o livro à gráfica, discutem os detalhes e ficam aguardando a
prova, também chamada vulgarmente “boneca”. De posse da prova, novo polimento
nos nervos, olhos atentos e, original ao lado. Após essa transição, vem o
nascimento da obra, beijada por todos os lados pelos autores. O primeiro filho
ou mais um, não importa, a emoção sempre está presente. Ainda falta a parte do
planejamento para a entrega ao público, local a ser escolhido, modelo de
convites, cartazes, divulgação na mídia, recepção aos convidados e vendas,
autógrafos e, a última etapa, ir para casa descansar.
Falamos cedo
demais sobre as nossas pretensões e sem querer, causamos uma expectativa forte.
Cobranças agora nos chegam de todos os lugares e inúmeros pedidos já são
apalavrados. Como o mais difícil já foi feito, agora é ter mais um pouco de
paciência, para reviver os episódios isolados, lampiônicos, em Alagoas,
narrados por diversos autores em livros, artigos, revistas, mais documentos e
narrativas orais. Essas narrativas isoladas foram coordenadas pelos autores,
seguindo a ordem cronológica sempre que possível. O conjunto de episódios
organizados com mais algumas novidades, formam um todo que recebeu
o título de
“Lampião em Alagoas”. A história do célebre cangaceiro vai desde 1918
(quando os Ferreira vieram para Alagoas) até 1938. Acrescentamos por exemplo “o
casamento de
Corisco e
Dadá”, o “verdadeiro matador do pai de Virgolino”, a morte do “coronel Lucena”
e outros atos inéditos.
Coronel
Lucena
Quase
em estilo acadêmico, o livro tem apresentações de Inácio Loiola e Silvio
Bulhões (filho de Corisco e Dadá).
Inácio Loyola
e Sílvio Bulhões - o último filho de Dadá e Corisco
“Negros em
Santana”, um paradidático de pouco mais de cinquenta páginas, também está em
outra gráfica. Os dois poderão ser lançados juntos, em Maceió, Santana,
Piranhas, Batalha, Palmeira dos Índios, Cacimbinhas, Pão de Açúcar, Mata
Grande, Delmiro, Água Branca, Inhapi, Pariconha, Jirau do Ponciano, Dois Riachos,
Poço das Trincheiras, Ouro Branco, Maravilha, Olivença, Major Isidoro, São José
da Tapera, Traipu... Municípios que viveram episódios de cangaceiros e são
citados. Aguardemos o resultado do combate de LAMPIÃO NA GRÁFICA.
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