Seguidores

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O cangaceiro Corisco

Semira Adler Vainsencher semiraadler@gmail.com Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco

Certa ocasião, em relação à defesa da honra masculina, o Diabo Louro adotou uma postura que, muitos anos depois, se tornou bastante conhecida no país: tratou-se do desfecho do relacionamento amoroso entre Cristina e Português. 

Português - o primeiro da esquerda para a direita

Ela o havia traído com um integrante do bando de Corisco - o cangaceiro Gitirana - e Português contratara Catingueira para "limpar sua honra maculada".

A cangaceira Cristina

Quando Catingueira chegou ao acampamento de Corisco, chamou logo Gitirana para uma conversa particular. Naquele momento, Maria Bonita e Lampião estavam no mesmo acampamento e, por acaso, se aproximaram deles. 


Maria Bonita adiantou-se, sugerindo a Catingueira que a pessoa a ser eliminada deveria ser Cristina (a verdadeira culpada, segundo ela) e, não, Gitirana. Naquela hora, Corisco retrucou: Ela deu o que era dela! Ninguém tem nada com isso! Insatisfeita com a resposta, Maria Bonita continuou defendendo a contrapartida masculina: É, mas Português vai ficar desmoralizado! Já impaciente com aquele confronto, o Diabo Louro deu um basta à discussão:

"Ele que cuide da mulher dele! Do meu rapaz, cuido eu!"

Desde esse dia, tais palavras ficaram célebres e essa expressão vem sendo utilizada até o presente, inclusive, por muitos políticos brasileiros. Parafraseando Corisco, os parlamentares costumam dizer: Cuidem do que é seu porque, do que é meu, cuido eu!

Em relação àquele desenlace amoroso, Lampião deu total apoio a Corisco. Cristina permaneceu com o bando, escondida durante alguns meses. Todavia, como era de se esperar, ela foi morta quando ia para a casa de familiares, já que Português contratara outros cangaceiros para matá-la. Neste sentido, não restava dúvidas: o adultério feminino não era tolerado nos bandos do Nordeste.

Lampião e seus comparsas resistiram quase vinte anos, brigando com civis que os perseguiam e com as volantes de vários Estados. Durante esse tempo, os cangaceiros assaltaram propriedades, atacaram povoados, vilas e cidades, roubaram, pilharam (...)

Fonte: fundaj

Se você quiser ler o artigo completo clique no lin abaixo:

http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Corisco&ltr=c&id_perso=296

Nenhum comentário:

Postar um comentário