Um trabalho de cerca de dois anos de pesquisa, para um resultado documentado da
história do município de Aurora. Importantes momentos são contados no livro
"Venda Grande D´Aurora", do professor João Tavares Calixto Júnior. O
autor é natural da cidade e pretende, com o livro de 300 páginas, deixar
para os pesquisadores e estudantes uma fonte que mereceu um trabalho exaustivo.
A descrição de grandes acontecimentos de forma exaustiva, como a invasão da cidade por cangaceiros, promovendo uma verdadeira carnificina e a morte de grandes personalidades, como o da mártir Francisca, venerada por uma grande parcela da população como santa, estão descritos no trabalho. Os assassinatos que repercutiram e marcam a história da cidade, em alguns casos, têm até registros dos processos.
O autor destaca a importância de levar às novas gerações os registros dos principais acontecimentos, no sentido de contribuir para engrandecer a cidade. "Quero deixar essa mensagem, de que não precisamos ficar no ostracismo", afirma. Resgatar essas passagens históricas, muitas vezes fez o autor se deslocar para outras cidades, à procura de documentos. "Um mergulhar nos acervos para resgatar, de forma mais abalizada, todo o processo de construção da cidade e suas grandes personalidades", diz o escritor.
O livro, segundo ele, traz os principais apanhados históricos da cidade, de forma cronológica, desde a data da concessão da 1ª sesmaria, de 1702, até o ano da comemoração do primeiro centenário do município, em 1983. O trabalho, enfatiza o professor, é um traçado baseado em documentos histórico. "É um livro científico, em que se pretende trazer questões, não dentro de um registro oral ou apenas voltado ao aspecto folclórico, misticismo ou populismo", explica. Para João Calixto, Aurora é um município que contribuiu em vários segmentos para o cenário cearense e mundial, com as atividades do seus filhos ilustres, e tem a história contada de forma fragmentada.
A morte do filho de Bárbara de Alencar, padre Carlos José dos Santos Alencar, aconteceu em uma área que hoje é território do município de Aurora, no Sítio Serra dos Macacos. A hecatombe de 1908, conhecida como uma das maiores tragédias do coronelismo em nível de Nordeste, foi registrada na cidade. Aurora foi invadida por 600 cangaceiros, onde houve uma verdadeira carnificina. Segundo o autor, os cangaceiros vieram a mando de diversos coronéis, que se juntaram com armamentos e homens para a derrubada do coronel de Aurora, Teixeira Neto, em virtude de uma vingança política provocada pela morte de um filho de Marica Macedo. Essa história era contada antes de forma fragmentada, conforme Calixto. Na obra, há a transcrição de muitos historiadores, mas de forma detalhada.
O livro também traz autos de inventários de diversas personalidades, autoridades antigas, os primeiros moradores, as atas das sessões da Câmara, os livros de tombo das paróquias, registros de batismos e casamentos. Todo esse material foi pesquisado, no intuito de se deter a uma análise da genealogia dos primeiros moradores do município.
Outro crime de repercussão detalhado no livro, além da morte da mártir Francisca, em 1958, conhecida como santa popular em Aurora, aconteceu em 1874, quando o padre Joaquim Machado da Silva foi acusado de assassinato na Vila das Lavras. Ele chegou a ser preso e condenado por tirar a vida de um homem, com um golpe de faca no peito. O assassinato está detalhado no livro, com base no processo original, encontrado no arquivo público do Estado. As páginas foram fotografadas, com transcrição para o livro. O lançamento contará com a presença de escritores, personalidades de Aurora, amigos familiares e entusiastas dessa história da cidade.
"Venda Grande D´Aurora", de João Tavares Calixto Júnior. Para adquirir este livro entre em contato com o autor através do email: joaojrbio@gmail.com ou dos fones (88) 3511-2430 / 9906 - 3789.
Resenha de Elizângela Santos
A descrição de grandes acontecimentos de forma exaustiva, como a invasão da cidade por cangaceiros, promovendo uma verdadeira carnificina e a morte de grandes personalidades, como o da mártir Francisca, venerada por uma grande parcela da população como santa, estão descritos no trabalho. Os assassinatos que repercutiram e marcam a história da cidade, em alguns casos, têm até registros dos processos.
O autor destaca a importância de levar às novas gerações os registros dos principais acontecimentos, no sentido de contribuir para engrandecer a cidade. "Quero deixar essa mensagem, de que não precisamos ficar no ostracismo", afirma. Resgatar essas passagens históricas, muitas vezes fez o autor se deslocar para outras cidades, à procura de documentos. "Um mergulhar nos acervos para resgatar, de forma mais abalizada, todo o processo de construção da cidade e suas grandes personalidades", diz o escritor.
O livro, segundo ele, traz os principais apanhados históricos da cidade, de forma cronológica, desde a data da concessão da 1ª sesmaria, de 1702, até o ano da comemoração do primeiro centenário do município, em 1983. O trabalho, enfatiza o professor, é um traçado baseado em documentos histórico. "É um livro científico, em que se pretende trazer questões, não dentro de um registro oral ou apenas voltado ao aspecto folclórico, misticismo ou populismo", explica. Para João Calixto, Aurora é um município que contribuiu em vários segmentos para o cenário cearense e mundial, com as atividades do seus filhos ilustres, e tem a história contada de forma fragmentada.
A morte do filho de Bárbara de Alencar, padre Carlos José dos Santos Alencar, aconteceu em uma área que hoje é território do município de Aurora, no Sítio Serra dos Macacos. A hecatombe de 1908, conhecida como uma das maiores tragédias do coronelismo em nível de Nordeste, foi registrada na cidade. Aurora foi invadida por 600 cangaceiros, onde houve uma verdadeira carnificina. Segundo o autor, os cangaceiros vieram a mando de diversos coronéis, que se juntaram com armamentos e homens para a derrubada do coronel de Aurora, Teixeira Neto, em virtude de uma vingança política provocada pela morte de um filho de Marica Macedo. Essa história era contada antes de forma fragmentada, conforme Calixto. Na obra, há a transcrição de muitos historiadores, mas de forma detalhada.
O livro também traz autos de inventários de diversas personalidades, autoridades antigas, os primeiros moradores, as atas das sessões da Câmara, os livros de tombo das paróquias, registros de batismos e casamentos. Todo esse material foi pesquisado, no intuito de se deter a uma análise da genealogia dos primeiros moradores do município.
Outro crime de repercussão detalhado no livro, além da morte da mártir Francisca, em 1958, conhecida como santa popular em Aurora, aconteceu em 1874, quando o padre Joaquim Machado da Silva foi acusado de assassinato na Vila das Lavras. Ele chegou a ser preso e condenado por tirar a vida de um homem, com um golpe de faca no peito. O assassinato está detalhado no livro, com base no processo original, encontrado no arquivo público do Estado. As páginas foram fotografadas, com transcrição para o livro. O lançamento contará com a presença de escritores, personalidades de Aurora, amigos familiares e entusiastas dessa história da cidade.
"Venda Grande D´Aurora", de João Tavares Calixto Júnior. Para adquirir este livro entre em contato com o autor através do email: joaojrbio@gmail.com ou dos fones (88) 3511-2430 / 9906 - 3789.
Resenha de Elizângela Santos
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