Por Eraldo Ribeiro Tavares
Tido como um facínora, homem sem piedade, bandido sanguinário, monstro e até
como a própria encarnação do diabo, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião,
marcou a história do Nordeste e até a do Brasil, com seus longos vinte anos de
correrias e crimes pelo sertão nordestino. Este trabalho mostra o que poucas
pessoas sabem e poucos pesquisadores se dedicaram a desvendar: o cangaceiro
Lampião, juntamente com os outros membros do seu bando, desenvolveu outro lado
da sua existência como ser - a questão da sua religiosidade.
Como a maioria
dos sertanejos praticantes do chamado catolicismo popular, Lampião mantinha
relação com anjos e santos, rezava todos os dias e acreditava em forças ocultas
e em sonhos. Nunca buscou fugir às regras em que foi educado desde criança pela
sua mãe e pela sua avó que foram as responsáveis pela sua formação religiosa.
Era devoto de alguns santos, em especial de Nossa Senhora da Conceição. Tinha
como hábito realizar missas improvisadas sempre acompanhado dos demais
cangaceiros que viviam sob seu comando.
Virgulino
Ferreira, Lampião; em plena oração na caatinga...
Isso
funcionava como fator de respeito e servia para amenizar possíveis sofrimentos
da alma que pairassem sobre eles. Assim, a questão da religiosidade dentro do
cangaço torna-se fundamental para enriquecer a temática na qual, volta e meia
os interessados se deparam com novas obras. Todavia, elas não tocam
exclusivamente na questão da vivência religiosa do bando. Muitos trabalhos já
foram publicados sobre o cangaço e, em especial, sobre Lampião. Sendo mais uma,
esta dissertação foi escrita com a finalidade de contribuir para alargar a
visão sobre o fenômeno do cangaço, em especial utilizando os elementos das
Ciências da Religião para entender um pouco mais sobre a questão da
religiosidade na pessoa de Lampião e dos cangaceiros que viveram em sua órbita
de comando.
Veja o
trabalho de Eraldo Ribeiro Tavares no endereço abaixo:
http://www.unicap.br/tede//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=930
Fonte: http://crunicap.blogspot.com.br/2013/10/a-fe-do-cangaco.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário