Mané Moreno, Zé Baiano ao centro e Zé Sereno, os três eram primos entre si
Zé Baiano foi assassinado no dia 7
de julho de 1936. Foi um cangaceiro que
integrou o bando de Lampião. Conhecido por sua crueldade,
tinha o costume de marcar com um ferro em brasa as iniciais "JB" no rosto ou no púbis de
mulheres de cabelo curto ou por estarem usando vestidos cujo comprimento ele
considerava inconveniente, passando a ser conhecido por isso como o
"ferrador de gente". Devido à cor de sua pele, foi apelidado também
de "pantera negra dos sertões".1 Liderou
seu próprio bando, em companhia do qual foi morto em 1936, após uma emboscada em
Alagadiço, povoado do
município de Frei Paulo.2
Lampião e seu
bando invadiram Alagadiço pela primeira vez em 1930, arrombando casas
e roubando pertences dos moradores. Pelo povoado estar em uma posição
estrategicamente privilegiada, e por não contar com destacamento reforçado de polícia, os
cangaceiros transitavam livremente pela região. Lampião voltou mais três vezes
à Alagadiço; na segunda ocasião, procurou o coiteiro Antônio
de Chiquinho, querendo informações sobre um destacamento policial que perseguia
seu bando.3
A última
visita de Lampião ao povoado foi em 1934, quando deixou Zé Baiano
no comando da região.
Da esquerda para direita: Demudado, Chico Peste, Acelino e Zé Baiano
Acompanhado de seus comparsas Demudado, Chico Peste e
Acelino, ele aterrorizou a localidade, cometendo atrocidades, saqueando e
impondo sua própria lei em Frei Paulo e vizinhanças. O bando costumava
esconder-se da polícia nas casas de fazendeiros, ou então na mata, mas foi o
coiteiro Antônio de Chiquinho que acabou pondo um fim ao reinado de
criminalidade de Zé Baiano.3
Cansado de ser
perseguido pelos policiais devido ao envolvimento com o cangaço, o comerciante
armou uma emboscada aos criminosos. Durante uma entrega de alimentos em 7 de
julho de 1936, acompanhado dos conterrâneos Pedro Sebastião de Oliveira (Pedro
Guedes), Pedro Francisco (Pedro de Nica), Antônio de Souza Passos (Toinho),
José Francisco Pereira (Dedé) e José Francisco de Souza (Biridin), Antônio deu
fim a Zé Baiano e seu bando. Manteve segredo do fato durante quinze dias,
temendo represálias de Lampião. O cangaceiro, contudo, decidiu não se vingar
após ser convencido por Maria Bonita que o empreendimento poderia ser
perigoso, pois o povoado contava com a presença de um canhão.3
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Existem ainda mais duas hipóteses que podem ter causado a vingança de Antonio de Chiquinho contra o seu amigo Zé Baiano:
1ª. hipótese: Zé Baiano estava tentando um futuro relacionamento com a filha do coiteiro. Como ele não queria esse relacionamento, temendo que o cangaceiro poderia fazer o mesmo que fez com a sua amada Lídia, formou um grupo e juntos, foram ao encontro do bandido, pois nesse dia ele iria entregar alimentos ao bando de cangaceiros, e lá aconteceu o pior, chacinaram os 4 cangaceiros.
2ª. hipótese: Zé Baiano estava sendo agiota, isto é emprestava dinheiro aos seus amigos, e o Antonio de Chiquinho era um dos seus devedores. Como ele não tinha mais condições de acertar o seu débito com o cangaceiro, formou um grupo e juntos, foram ao encontro do bandido, pois nesse dia ele iria entregar alimentos ao bando de cangaceiros, e lá aconteceu o pior, chacinaram os 4 cangaceiros.
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