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sexta-feira, 6 de março de 2015

A DERROTA HISTÓRICA DE LAMPIÃO EM PERNAMBUCO


Após a batalha da Serra Grande, ocorrida em novembro de 1926, Lampião enviou uma carta ao governador de Pernambuco, Júlio de Melo, sugerindo a divisão do Estado em duas partes: uma ficaria com ele e a outra com o governo. Na época, o chefe de polícia Antônio Guimarães foi o responsável por levar a notícia ao conhecimento do governador, mas, em 12 de dezembro de 1926, Júlio de Melo foi substituído no governo por Estácio Coimbra, a quem caberia tomar atitude com relação à carta de Lampião.

Eurico de Souza Leão

Segundo o historiador Frederico Bezerra Maciel, Estácio Coimbra, ao assumir o governo de Pernambuco, tinha, por compromisso de plataforma eleitoral, extinguir Lampião. Do que resultaria o enfraquecimento dos chefes políticos sertanejos, ligados, ostensivamente ou ocultamente, a Lampião, e consequentemente a consolidação de sua política governamental no sertão. Para isso, colocou à frente da Secretaria de Segurança Pública o bacharel Eurico de Souza Leão.

Continua Frederico Maciel, quem era Eurico de Souza Leal:

Major Cândido de Brito, da Fábrica Peixe de Pesqueira:

- Sou grande amigo de Eurico, mas ele tem instintos maus.

Coronel João Nunes, ex-comandante da Força Pública de Pernambuco:

- Dr. Eurico era de natureza sanguinária!

Coronel Altino Gomes de Sá da polícia pernambucana:

- A ordem de Eurico era matar e tocar fogo!

Coronel Alípio Pereira, também da polícia Pernambucana:

- A primeira coisa que Eurico perguntava quando a gente ia falar com ele era: “quantos matou”, isto é, quantos cangaceiros matou?

Eurico teve como um dos principais agentes ao seu lado, o Major Teófanes Ferraz Torres, o qual apresentou a imprensa, no mês de junho, uma lista com nomes de 100 cangaceiros, os quais foram mortos ou capturados desde dezembro, jamais se saberá exatamente o numero e de cangaceiros mortos, essa informação não consta nos dados oficiais.

Na verdade, as medidas aplicadas provocaram a derrota de Lampião em menos de um ano e meio, em solo pernambucano e, para escapar da perseguição policial, atravessou o rio São Francisco no final de agosto de 1928, declarando que estava cansado de matar e queria paz.

Eurico de Sousa Leão elegeu-se deputado federal por Pernambuco em 1927, 1930 e 1946. Foi preso durante a Revolução de 1930, por ter ligações com o governador deposto Estácio Coimbra. Respondeu ao processo e foi absolvido.

Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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