Fonte da foto: tokdehistoria.com.br
João Duarte
Dantas (Mamanguape, 12 de junho de 1888 — Recife, 6 de
outubro de 1930) foi um advogado e jornalista brasileiro. 1 2 3
Seu nome está
ligado à História da Paraíba, principalmente porque foi
o autor dos disparos fatais que vitimaram o então presidente do estado da
Paraíba, João Pessoa Cavalcanti de
Albuquerque.4 João
Pessoa era candidato a vice-presidente do Brasil na chapa encabeçada por Getúlio
Vargas, contra o grupo paulista de Júlio
Prestes. A morte é considerada o estopim da Revolução de 1930, quando Getúlio ascendeu ao
poder, após um levante popular contra uma suposta fraude nas eleições. Os
disparos que vitimaram João Pessoa não tinham
motivos políticos, e sim, em sua maior parte pessoais, uma vez que João Pessoa, como chefe da Polícia ordenou
a invasão do escritório de João Dantas, publicando suas cartas íntimas.
Fonte
da foto: - tokdehistoria.com.br
João Dantas
era adversário político de João Pessoa e aliado de José Pereira de Lima,
chefe político do município de Princesa Isabel, o qual liderava uma
intensa oposição às medidas governistas contra os interesses comerciais do
grupo sertanejo. José Pereira recebia apoio dos irmãos Pessoa de Queirós, de
Pernambuco, primos de João Pessoa e
proprietários do Jornal do Commercio.
"Foto
de Louis Piereck, tirada logo após o que chamam de suicídio de João Dantas e
Augusto Caldas na Penitenciária do Recife." - opassionalblogspotcom.blogspot.com
A atitude de
João Dantas costuma ser atribuída não à divergência política diretamente, mas a
uma questão de cunho pessoal. O embate político travado entre ele e Pessoa,
através da imprensa, inclusive com ataques ao pai de Dantas, Dr. Franklin Dantas, e outros
familiares, acendeu o ódio mútuo. Nesse contexto, a Polícia da
Paraíba, sob o Governo de João Pessoa, invadiu
escritório de Dantas, à Rua Duque de Caxias, e, além de outras coisas,
apoderou-se de cartas íntimas entre ele e a professora Anaíde
Beiriz.
O jornal
estatal A
União fazia suspense diariamente, ao comentar sobre documentos imorais
que haviam sido encontrados no escritório de João Dantas. Acrescentava que os
interessados poderiam ter acesso ao material, na sede da Polícia. À época, em
decorrência de uma reforma no Palácio do Governo, o mandatário do Estado, João Pessoa, despachava em
prédio defronte à sede de A União. Segundo o livro Órfãos da
Revolução, de Domingos Meirelles, os mais íntimos do
presidente paraibano sabiam que nada era publicado no jornal oficial, sem sua
aquiescência. A correspondência veio a público, dias depois da invasão.
A intriga fez
que amigos de João Dantas o convencessem a se mudar para Olinda. Por ocasião
de uma visita do presidente João Pessoa ao Recife, amplamente
noticiada, com o objetivo de receber uma homenagem,
João Dantas foi à Confeitaria Glória, na Rua Nova,
onde disparou contra Pessoa. Dantas atirou duas vezes no presidente paraibano
ferindo mortalmente. Fato este que foi usado pelos revolucionários sulistas a
emplacarem a revolução iminente contra o presidente Washington
Luís, que culminou levando ao poder Getúlio
Vargas.
Dantas foi
detido com seu cunhado Augusto Caldas, que era inocente, na Casa de Detenção do Recife, onde foram
chacinados por oito homens que participavam da revolução em 6 de
outubro de 1930, no início da Revolução de 1930. A versão oficial indicou suicídio.
Também Anaíde Beiriz morreria dias depois, no Recife,
por envenenamento, aos 25 anos, provavelmente por iniciativa própria. Outras
mortes se seguiram ao episódio, como a do então deputado federal, ex-presidente
do estado, João Suassuna, pai do escritor Ariano
Suassuna, que foi assassinado, no Rio de Janeiro, por Miguel Laves de Sousa.
A história já
inspirou filmes, livros e peças teatrais. Até hoje, desperta muita polêmica
quanto aos detalhes e interesses subjacentes às ações de ambas as partes.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Duarte_Dantas
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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