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quarta-feira, 20 de julho de 2016

GENTE DAS RUAS DE POMBAL

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo
Seu Leó Fotógrafo (Leônidas Henriques Formiga)

Seu Leó não era visto circulando pelas ruas de Pombal sem que estivesse com a sua Rolleiflex sempre a espreita de um bom anglo, ou se dirigindo à casa de famílias para eternizar momentos através da “chapa fotográfica”.


Muitas das fotografias das paisagens da cidade de Pombal antiga, através das quais é possível reconstruir a história da cidade, foram feitas por seu Leó. O seu estúdio era em sua casa, entrando pela lateral da rua que ligava a Rua do Comércio com a rua Jerônimo Rosado. Era um estúdio simples: uma cadeira para fotos de família, uma outra com um fundo branco para foto 3x4. Como assessório um paletó e uma gravata para quem precisava de fotos mais formais. Para as madames e algumas réplicas de jóias, se fosse necessário, espelho e pente.


Sua inicialização na arte da fotografia começou em 1924 como aprendiz de um fotógrafo campinense de nome Josué, que viajava pelos Estados da Paraíba Pernambuco e Rio Grande do Norte vendendo sua arte. Naquela época fotografia era artigo raro e, portanto muito cara. Só os mais afortunados tinham acesso a esse artigo luxo. Leó passou de aprendiz a mestre em pouco tempo.

Leó fotografou as grandes cheias do rio Piancó, grandes inaugurações, comícios cortejos funerais, as procissões, o povo e os parques da Festa do Rosário. Fez também trabalho de fotografia forense para subsidiar julgamentos.

O último trabalho em campo de Leó foi a cobertura do funeral do Dr. Avelino em 22 de fevereiro de 1973: ao subir em um túmulo foi derrubado pela multidão, caiu e se machucou. Daí para frente passou a se dedicar a trabalho em estúdios.

Leó Fotógrafo nasceu no dia 02 de janeiro de 1907 e faleceu no dia 07 de março de 1985, deixando para o povo de Pombal um grande acervo fotográfico que circula pela internet sem o devido crédito ao mestre quem a cidade deve a reconstrução da sua história através do registro fotográfico (texto de apoio Paulo Sergio).

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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