Por Geraldo Júnior
No dia 04 de
julho de 1925, Lampião e seu bando chegam à Fazenda Melancia (Flores/PE) para
um ajuste de contas com o proprietário de nome Zé Calú que estava sendo acusado
por populares de molestar sexualmente suas próprias filhas.
Zé Calú
previamente julgado e condenado por Lampião é violentado pelos cangaceiros que
lhe impõe os mais terríveis castigos.
Nesse
intervalo de tempo uma Força Policial Volante paraibana é acionada e parte em
direção à localidade onde naquela ocasião encontravam-se os cangaceiros.
A
Volante comandada pelos Sargentos José Guedes e Cícero Oliveira chega à fazenda
Melancias, e de lá parte em direção à localidade Baixa do Juá, no caminho
passando por um Sítio chamado Tenório (Flores/PE) dá-se o encontro entre a
Força paraibana e os cangaceiros. Um forte e violento combate entre Volantes e
cangaceiros é travado e ainda no princípio do tiroteio o Sargento Cícero
Oliveira é ferido mortalmente com um tiro na testa.
O confronto
segue até o escurecer e durante a noite o tiroteio cessa. A tensão, a apreensão
e o suspense se fazem presente nos dois lados. Gritos e
insultos ecoam no silêncio da noite.
Ainda na
penumbra da noite um cangaceiro do alto de uma pedra se expõe xingando e
atirando contra os Soldados. Nesse momento um Soldado chamado Belarmino de
Morais vendo apenas o vulto do cangaceiro devido o lusco-fusco atira contra o
alvo e o bandoleiro é silenciado com um tiro certeiro. Sabe-se depois que o
cangaceiro morto era Levino Ferreira “Vassoura”. Lampião sofre a primeira baixa
da família em combate.
Ao amanhecer
duas Volantes pernambucanas comandadas pelo Capitão José Caetano e pelo
Sargento Higino Belarmino juntam-se à Força paraibana e o tiroteio novamente
tem início.
Lampião e
parte de seus comandados conseguem escapar deixando no campo de batalha três
corpos sem as cabeças, pratica utilizada para dificultar a identificação dos
cangaceiros mortos.
Levino
Ferreira era apontado como o mais truculento, impulsivo e afoito dos irmãos
Ferreira. Sua coragem e ousadia beiravam os limites da insanidade e foi
justamente devido a sua imprudência que pagou com sua própria vida.
Lampião ainda
seguiria no cangaço por pouco mais de treze anos. Seu ódio e desejo de vingança
contra as polícias tomava grandes proporções e muitos ainda iriam sentir na
pele o frio da lâmina de seu punhal.
Nas quebradas
do Sertão.
Geraldo
Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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