Por G1 Rio
Paulo Silvino posa com Serginho Groisman, Belo e Suzana Vieira durante gravação do programa Altas Horas em julho de 2014 (Foto: Zé Paulo Cardeal/Globo).
Silvino estreou na TV Globo em 1966, apresentando o Canal 0,
programa humorístico que satirizava a programação das emissoras de TV. Ele
morreu aos 78 anos e lutava contra um câncer no estômago.
Morreu, na
manhã desta quinta-feira (17), aos 78 anos, o ator Paulo Silvino, que lutava
contra um câncer no estômago. Segundo a Central Globo de Comunicação, o
humorista morreu em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no início da
manhã. Em redes sociais, o filho mais novo do ator, João Paulo Silvino,
lamentou a morte do pai. "Que Deus te receba de braços abertos meu pai
amado".
“Ser
comediante nasceu por acaso. Talvez seja pela minha desfaçatez, porque eu nunca
tive inibição de máquina. Tenho tranquilidade com a câmera e tive vantagem em
televisão por isso. O riso dos cinegrafistas é o meu termômetro”. Paulo
Silvino.
Segundo a
família, Silvino chegou a ser submetido a uma cirurgia no ano passado, mas o
câncer se espalhou e a opção da família foi que ele fizesse o tratamento em
casa. A filha do humorista, Isabela Silvino, também usou as redes sociais para
falar sobre a morte do pai. "Amigos, obrigada por todas as mensagens.
Ainda estou naquele processar isso tudo. Mas posso dizer que ele foi bem. Sem sofrer.",
afirmou.
Os amigos
também lamentaram a morte de Silvino. “Um dia triste. O Paulo Silvino é um
super artista. A gente falando aqui nesses tempos de Pop Star (programa
dominical da TV Globo), é bom lembrar que o Paulo Silvino foi um dos primeiros
pop star do Brasil, um dos primeiros atores que cantava, teve disco gravado na
época da Jovem Guarda, foi roqueiro, quer dizer, foi um homem de mil facetas. E
pra mim, em especial, ele foi uma espécie de padrinho porque minha primeira
aparição na TV foi junto dele no Balança Mais Não Cai e eu tinha só oito anos
de idade. Quero mandar meus sentimentos para a família”, disse o amigo e também
ator Lúcio Mauro Filho.
O artista
estreou na TV Globo em 1966, apresentando o Canal 0, programa humorístico que
satirizava a programação das emissoras de TV.
Paulo Ricardo
Campos Silvino cresceu nas coxias do teatro e nos bastidores da rádio. Isso
porque seu pai, o comediante Silvério Silvino Neto, conhecido por realizar
paródias de figuras públicas no Brasil dos anos 1940 e 1950, levava o menino
para acompanhar seu trabalho. Paulo Silvino também mostrava talento para a música,
revelado durante as aulas que tinha com a mãe, a pianista e professora Noêmia
Campos Silvino.
“Eu nasci
nisso. Com seis, sete anos de idade, frequentava os teatros de revista nos
quais o papai participava. Ele contracenava com pessoas que vieram a ser meus
colegas depois, como o Costinha, a Dercy Gonçalves.”, disse o ator em
entrevista ao Memória Globo.
Filho de
Silvino lamentou a morte em redes sociais (Foto: Reprodução / Facebook)
Paulo Silvino
no Zorra Total, em 2010 (Foto: Blenda Gomes / TV Globo / Arquivo)
Paulo Silvino,
no papel de Severino, posa para foto com Thalita Carauta e Rodrigo Sant'anna
durante gravações do programa Zorra Total em setembro de 2011 (Foto: Renato
Rocha Miranda/Globo)
Vida artística
Autor de
bordões que não saem da boca do povo, Paulo iniciou a carreira no rádio, mas já
nos anos 1960 se juntou ao elenco da TV Rio. Entre idas e vindas na Globo,
estrelou Balança Mas Não (1968) e teve destaque nos programas humorísticos Faça
Humor, Não Faça Guerra (1970), Uau, a Companhia (1972), Satiricom (1973),
Planeta dos Homens (1976), e Viva o Gordo (1981). Em Zorra Total (1999), seu
personagem Severino (que analisa "cara e crachá") se tornou popular.
Silvino nasceu
no Rio de Janeiro em 27 de julho de 1939 e pisou num palco pela primeira vez
aos nove anos de idade, quando se atreveu a soprar as falas para um ator de uma
peça que o pai participava. Na adolescência, ele se apresentava como crooner de
um conjunto de rock, acompanhado por músicos como Eumir Deodato (acordeon),
Durval Ferreira (guitarra) e Fernando Costa (bateria).
Seu lado
cômico já se manifestava durante os números do quarteto. Quando cantava Singin'
in the Rain, por exemplo, costumava abrir um guarda-chuva no palco. A primeira
performance profissional aconteceu em 1956. Anunciado como Paulo Ricardo, para
evitar associações com o pai, cantou dois sucessos de Little Richards para a
platéia do Programa César de Alencar, na Rádio Nacional. Durante a
apresentação, rasgou as próprias roupas e, apoteoticamente, comeu o medalhão de
"ouro" que estava usando, na verdade, um biscoito pintado de amarelo.
Na década de
1970, o comediante trabalhou nos programas Faça Humor, Não Faça Guerra (1970),
Uau, a Companhia (1972), Satiricom (1973) e Planeta dos Homens (1976). Deixou
sua marca como intérprete de personagens lunáticos e criou bordões absurdos
como "Ah, eu preciso tanto!", "Eu gosto muito dessas
coisas!", "Guenta! Ele guenta!", "Ah, aí tem!" e
"Dá uma pegadinha!".
Paulo Silvino fala sobre acidente de seu filho Flávio e como se tornou comediante.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/morre-o-ator-paulo-silvino-no-rio.ghtml
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário