Por Bruno
Barreto
26 de
fevereiro de 2018
Na manhã desta
segunda-feira, 26, representantes da Reitoria, Associação dos Docentes da UERN
(ADUERN), Sindicato dos Técnicos Administrativos da UERN (Sintauern) e
Diretório Central dos Estudantes (DCE) estiveram mais uma vez reunidos com
representantes do Governo do Estado para negociar uma solução para os impasses
que provocaram a greve dos professores e técnicos da Universidade do Estado do
Rio Grande do Norte (UERN).
A reunião
iniciou com fala da secretária chefe de gabinete Tatiana Mendes Cunha fazendo
um apelo pelo fim do movimento paredista. Ela argumentou que os servidores da
UERN não estão sós nessa situação de atrasos salariais. “Estamos preocupados
com os alunos”, argumentou.
A palavra foi
concedida a presidente da Aduern, Rivânia Moura, cobrou uma proposta de um
calendário de pagamento por parte do Governo e lembrou que as últimas
tentativas da atual administração não tiveram êxito. “Estamos abertos a pensar
possibilidades”, avisou.
O presidente
do Sintauern, Elineudo Melo, avaliou que a ausência de uma proposta concreta
dificulta o fim da greve. “Fica muito difícil retornar as nossas bases com essa
conversa porque a nossa categoria não vai aceitar”, declarou.
A coordenadora
do DCE Glisiany Plúvia lembrou que preferia estar em sala de aula, mas lamentou
que a falta de alternativas impede o fim da greve. “Eu queria estar estudando e
não estar aqui numa reunião sem qualquer proposta”, afirmou.
O reitor Pedro
Fernandes Ribeiro Neto criticou a ausência de propostas para se chegar a um
entendimento. “Estamos em uma situação que não existe uma proposta que seja
clara. A gente vem aqui hoje sentar para buscar uma alternativa”, frisou.
Em seguida,
Pedro Fernandes reforçou a necessidade do governador se fazer presente nas
reuniões e apresentou ofícios solicitando a presença de Robinson Faria nas
negociações. “Nós precisamos encontrar uma alternativa para que a gente retome
as atividades porque quem forma professores no interior do Estado somos nós”,
acrescentou.
O deputado
estadual Souza Neto reforçou as cobranças por uma proposta. “O que não pode é a
gente sair de uma reunião como essa sem nada de concreto. A gente precisa sair
dessa reunião com alguma coisa”, declarou.
A deputada
estadual Larissa Rosado disse não entender como o Governo do Estado não
consegue apresentar uma proposta. “Venho aqui reforçar o apelo dos professores,
técnicos e alunos. Converso tanto com vocês quanto com doutora Tatiana. Os
trabalhadores querem voltar, mas é desmoralizante esse retorno sem proposta. É
importante que a gente saia com uma proposta daqui”, destacou.
O secretário
estadual de planejamento Gustavo Nogueira explicou que a arrecadação é para
arcar com despesas e ela está menor do que 2014, mas disse viver a expectativa
de que a situação melhore. “Mas são necessárias receitas extraordinárias para
que o Estado ponha a folha em dia”, declarou.
Os
representantes do Governo do Estado não apresentaram propostas alegando a
situação financeira que ainda é difícil.
Estiveram na
reunião o chefe de gabinete Zezineto Mendes, a pró-reitora adjunta de recursos
humanos Jessica Figueredo, o assessor jurídico Humberto Fernandes, o subchefe
de gabinete Esdras Marchezan e o diretor do campus de Natal Francisco Dantas.
Ainda esteve presente do dirigente nacional do Sindicato Nacional dos Docentes
dos da Entidades de Ensino Superior (Andes) Josevaldo Cunha além de outros
dirigentes de entidades sindicais.
Autonomia
Ao final o reitor
Pedro Fernandes reforçou a necessidade de se aprovar a autonomia financeira da
UERN. “Nós temos um projeto pronto e discutido com toda comunidade acadêmica”,
frisou.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogodmendesemendes.blogspot.com
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