Por Thais Moura
DIVULGAÇÃO/PROCURADORIA
DO CONDADO DE MIDDLESEX
Jane
Britton foi morta aos 23 anos por Michael Sumpter, responsável por outros dois
crimes contra mulheres.
Jane Britton,
estudante de pós-graduação em antropologia de Harvard, foi assassinada
brutalmente em 1969, em seu apartamento do quarto andar de um prédio em
Cambridge (EUA), próximo da universidade. Porém, o caso só chegou a ser
desvendado este ano, 49 anos depois.
Marian Ryan,
procuradora do condado de Middlesex, contou à BBC que o crime foi solucionado
graças aos avanços nos testes de DNA. Investigadores testaram novamente o
material coletado na cena, concluindo que correspondia ao de Michael Sumpter,
morto vítima de câncer em 2001, pouco tempo depois de sair da prisão, onde
cumpria pena por estupro. Para confirmar a compatibilidade, a equipe localizou
seu irmão, que cedeu material genético.
Desde que
morreu, Sumpter foi apontado como responsável pelo estupro e assassinato de
outras duas mulheres: Ellen Rutchick, em 1972, e Mary Lee McCLain, em 1973. Quando
vivo, chegou a cumprir pena por estupro, em 1975.
A procuradoria
afirmou que, assim como Jane, nenhuma das vítimas tinha qualquer relação com o
assassino.
Como a maior
parte da família da vítima já faleceu, o único a se pronunciar sobre o
caso foi Boyd Britton, irmão de Jane. “Eu gostaria de agradecer a
todos — amigos, funcionários públicos e imprensa — que perseveraram em manter
essa investigação ativa”, afirmou Boyd. “Essa vigência de DNA provavelmente
será tudo o que teremos como conclusão. Aprender a entender e perdoar continua
sendo um desafio”, completou.
Assassinato de
estudante nos EUA é solucionado 49 anos após o crime
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Cheia
O corpo de Jane foi encontrado pelo namorado pouco depois do meio-dia de 7 de
janeiro de 1969, em seu apartamento. O rapaz teria ido ao local preocupado
por ela não ter comparecido a uma prova naquela manhã.
Segundo a
polícia, Britton havia saído para jantar com colegas em um restaurante na noite
anterior, e logo em seguida foi a um rinque de patinação no gelo com o
namorado. O casal terminou a noite em um pub perto do
prédio onde a jovem morava. Eles se despediram às 22h30. Jane passou na
casa de um vizinho e retornou a seu apartamento pouco tempo após a
meia-noite.
Exames
toxicológicos mostraram que o álcool que ela ingeriu na noite anterior ao
crime não tinha sido metabolizado antes da morte, levando à conclusão de
que ela foi assassinada logo depois de retornar ao apartamento. A autópsia
revelou sinais de agressão sexual e múltiplas fraturas no crânio com objeto
contundente. A arma do crime nunca foi identificada.
Nos últimos 49
anos, diversas teorias e suspeitos foram investigados e descartados.
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