Até o século passado, o coronelismo imperou nos sertões baianos e
alagoanos, cujas ações produziram consequências também na vida de Poço Redondo
do passado. João Maria de Carvalho (1890-1963), o primeiro da foto, não só
possuiu perto de uma dezena de grandes propriedades no lado de cá da fronteira,
como teve grande influência política e social. Elísio Maia (1914-2001), coronel
alagoano de Pão de Açúcar, por mais de quarenta anos comandou vidas e destinos e
igualmente lançou sua mão de poder sobre o outro lado do rio, em Poço Redondo.
Possuía grande amizade com os sergipanos e, muitas vezes, a resolução de
problemas locais era levada para a palavra final de “Seu Elísio”. Importante no
passado poço-redondense, porém menos que o coronel João Maria da Serra Negra.
Tamanho o poder deste homem que até os governantes sergipanos temiam sua
atuação. Sua palavra não era só uma ordem, mas um ponto final naquilo que
desejasse. Assim, encravado entre a Serra Negra e Pão de Açúcar, por muito
tempo Poço Redondo se viu influenciado por forças externas, destemidas e
poderosas, vindas das bandas da serra ou de depois das águas do rio.
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