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terça-feira, 19 de maio de 2020

A ONÇA DO CORONEL SANTANA DE MISSÃO VELHA

Por Bosco André

Numa de suas fazendas o Cel. Santana mantinha um criatório de bodes e começou a desaparecer os bodes e o coronel chamou ao seu encarregado e disse: “Compadre, isso é a onça que está pegando estes bodes e vamos pastorar a onça para matar”, lhe entregando um rifle. 

Coronel Santana de Missão Velha

Debalde aquela ordem do coronel, pois o compadre sempre alegava que não conseguia matar a onça e os bodes sumindo. Um dia o Cel. Santana manda chamar o compadre à Serra do Mato e conversa vai, conversa vem, escureceu e o Cel. Santana diz ao compadre: 


- Você hoje vai dormir aqui e pode amarrar o seu cavalo perto daquela cana que replantei  a poucos dias, mas amarre bem seguro para não estragar a cana e ainda porque lá perto tem uma bola de capim que dá para o cavalo alimentar-se bem durante a noite". 


O compadre preparou um torno, fincou ao chão e amarrou o burro com uma corda nova. Por trás, o Cel. Santana manda um seu cabra a noite velha, cortar a corda com pedras, para que o compadre de nada desconfiasse. 

Madrugada cedo, o compadre levantou-se e foi até onde estava amarrado o seu cavalo e para seu espanto o mesmo estava dentro da cana tão recomendada pelo coronel. Ao retornar a casa grande, o Cel. Santana, já estava de pé e perguntou: 

- Como foi compadre, o cavalo estava amarrado no lugar que você deixou?

- E o compadre disse:

- Compadre, o burro soltou-se e deu um estrago muito grande na sua cana, isso eu não posso negar. 

Então o Cel. Santana disse:

- Pode ir pra casa compadre, pois o homem que não mente, também não rouba”. 

Tirando a limpo a história de que a onça, realmente era quem estava comendo os bodes do coronel e não o compadre, como ele desconfiava.


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