Por Ricardo Lavecchia
Sr. Manoel ou Candeeiro veio a falecer em 24 de julho de 2013 no agreste de Pernambuco.
Muitos foram os brasileiros lutando pelo esforço de guerra durante a Segunda Guerra Mundial, mas infelizmente não temos um amplo conhecimento sobre esse assunto.
Nossa história é muito falha,e parece que ela pula o período entre 1939 e 1945, muitos poucos conhece a história de Força Expedicionária Brasileira, alguns outros poucos fazem chacota referente a ida de Brasileiros a Itália. Outro ponto pouco comentado é a defesa da costa, em que Marinha e Exército mantinham atividades para garantir a soberania do país. Enquanto a marinha patrulhava o litoral, bases do exército mantinham militares em prontidão para defesa em caso possível invasão.
Outro assunto distante dos holofotes da história, estão os chamados Soldados da Borracha, que lutaram no front interno na produção de matéria-prima para suprir a demanda dos aliados. história é tão heroica e emocionante como a dos veteranos que foram para o campo de batalha. Hoje que estamos começando a aprender um pouco mais sobre esses homens que sofreram na Amazônia em busca de uma promessa do governo que nunca foi cumprida.
Vasculhando a internet e conversando com alguns amigos, chegamos a uma história interessante sobre um desses soldado da borracha, Manoel Dantas Loiola, também conhecido como Candeeiro.
Até poucos anos atrás, Candeeiro era um dos últimos remanescentes do grupo de Lampião do qual ingressou por volta da década de 30, era uns dos homens de confiança do rei do cangaço, tinha função de mandar cartas cobrando dinheiro imposto por Lampião a fazendeiros e comerciante, além de ser responsável por ir receber esse dinheiro.
Candeeiro foi um dos onze sobreviventes do massacre de Angicos, em 1938, quando Lampião foi assassinado. Após o fim do cangaço se entregou as autoridades e ficou preso por seis meses.
Mais tarde com o início da Segunda Guerra Mundial e o início do programa do governo brasileiro chamado “Soldados da Borracha” no qual prometia inúmeros benefícios aos homens que se alistassem e fosse à Amazônia. Candeeiro não titubeou e logo após ter recebido o perdão do governo por seus crimes no cangaço, se alistou no programa e não se sabe mais muita coisa sobre sua vida nesse período.
https://segundaguerra.net/2017/11/07/manoel-dantas-loiola-de-cangaceiro-a-soldado-segunda-guerra/?fbclid=IwAR1a8Z6tMGubwcw9W9B9JwU_kllg5f8LtBILMYd2Fxo2m5aXI6f6DJPZD3g
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