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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

O FORRÓ DAS SETE SANGRIAS.

Por José Mendes Pereira

Em 1929, Lampião e seu bando, numa média de quinze cabras, invadiram a cidade de Queimadas na Bahia, saquearam a estação de Trem, quebraram o telégrafo, prenderam todo o contingente policial da cidade, num total de sete soldados, soltaram os presos, aprisionaram o juiz e o escrivão, sequestraram o sargento e o conduziram de casa em casa e de comércio em comércio coletando dinheiro dos moradores, depois foram ao quartel onde os soldados estavam presos e mandaram-lhes sair, um a um, e se ajoelharem paralelamente na calçada, lá foram atingidos por um tiro à queima roupa na nuca e sangrados à punhal. 

Após a chacina, já de noite, Lampião mandou organizar um forró na casa de um morador, um senhor mestre de obras, que diligentemente organizou o local e a música, mas faltava as mulheres. Lampião então mandou que fossem trazidas ao baile as mulheres da cidade, o que foi feito, foram levadas moças jovens, mulheres casadas e solteiras, no entanto Lampião ordenou que não queria nenhuma falta de respeito com elas, nem com as famílias que lá estavam, e assim a festa transcorreu até de madrugada, com música, dança, forró, xaxado e sem nenhum desrespeito, agressão, ofensa ou qualquer ato imoral. Após a festa o Bando seguiu sertão à dentro, deixando para trás, um rastro de horror, sangue e medo. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 19/10/2020.

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