José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares ou simplesmente Jô (Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1938), é um humorista, apresentador de televisão, escritor, dramaturgo, diretor teatral, ator e músico brasileiro. Apresentou de 1988 a 1999 o Jô Soares Onze e Meia no SBT e de 2000 a 2016 o Programa do Jô na Globo.[1]
Biografia
É o único filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e da dona-de-casa Mercedes Pereira Leal. Pelo lado materno, é bisneto do conselheiro Filipe José Pereira Leal, diplomata e político que, no Brasil Imperial, foi governador do Estado do Espírito Santo. Por parte de seu pai, é sobrinho-bisneto de Francisco Camilo de Holanda, ex-governador da Paraíba.[2]
Jô queria ser diplomata quando criança.[3] Estudou no Colégio de São Bento do Rio de Janeiro, no Colégio São José de Petrópolis e em Lausana, na Suíça, no Lycée Jaccard, com este objetivo. Porém, percebeu que o senso de humor apurado e a criatividade inata apontavam para outra direção.[4]
Carreira
Detentor de um talento versátil, além de atuar, dirigir, escrever roteiros, livros e peças de teatro, Jô Soares também é um apreciador de jazz e chegou a apresentar um programa de rádio na extinta Jornal do Brasil AM, no Rio de Janeiro, além de uma experiência na também extinta Antena 1 Rio de Janeiro.
1967 - Em "Família Trapo", roteirizava ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega e atuava como Gordon, o mordomo - TV Record-SP.
1970 - "Faça Humor, Não Faça Guerra" foi primeiro humorístico da TV Globo a contar a com a participação do comediante. O programa em meio à Guerra Fria e ao conflito do Vietnã brincava com o slogan pacifista hippie "Make love, don't make war" (Faça amor, não faça a guerra).
1973 - "Satiricom", novo humorístico da TV Globo, com direção de Augusto César Vanucci, realizava roteiros com Max Nunes e Haroldo Barbosa. A atração satirizava o título do filme homônimo de Federico Fellini - "Satyricon". Na promoção do programa, todavia, diziam que era a "sátira da comunicação" num mundo que tinha virado uma "aldeia global", expressão que esteve na moda depois dos primeiros anos da TV via satélite.
1976 - "Planeta dos Homens", nova sátira com o cinema - desta vez, a série cinematográfica "O Planeta dos Macacos", atuava com roteiros de Haroldo Barbosa.
1981 - "Viva o Gordo", com direção de Walter Lacet e Francisco Milani, foi o primeiro programa solo dele. Tinha roteiros de Armando Costa. Deu origem ao espetáculo do gênero "one man show" de Jô chamado "Viva o Gordo, Abaixo o Regime" (sátira explícita ao Golpe Militar de 1964 ainda vigente àquela época). As aberturas do programa brincavam com efeitos especiais usando técnica de inserção de imagens de Jô entre cenas famosas do cinema (como em "Cliente Morto Não Paga" e "Zelig") ou "contracenando" com políticos nacionais e internacionais, como Orestes Quercia, Jânio Quadros, Ronald Reagan etc.
1982 - Participação no "Chico Anysio Show".
1983
Participação no musical infantil "Plunct, Plact, Zuuum".
Comentários no Jornal da Globo até 1987.
1988 - "Veja o Gordo", estreia no SBT com o mesmo estilo do "Viva o Gordo" da Rede Globo. Estréia neste ano, ainda no SBT, o talk -show "Jô Soares Onze e Meia" 1988-1999.
2000 - Participação no especial de Natal do programa "Sai de Baixo" - episódio "No Natal a Gente Vem Te Mudar" (sátira ao título da peça de Naum Alves de Souza, "No Natal a Gente Vem Te Buscar".
2018 - Participa como comentarista do programa Debate Final, no Fox Sports, debatendo sobre a copa do mundo de 2018.[5]
Vida pessoal
Entre 1959 e 1979, Jô Soares foi casado com a atriz Therezinha Millet Austregésilo, com quem teve um filho: Rafael Soares (1964-2014), que era autista.[6] Entre 1980 a 1983, foi casado com atriz Sílvia Bandeira, doze anos mais nova. Em 1984 começou a namorar a atriz Claudia Raia, romance que durou dois anos.[7] Já namorou a atriz Mika Lins e em 1987, casou-se com a designer gráfica Flávia Junqueira Pedras, de quem se separou em 1998. O apresentador admitiu sofrer de TOC. Em sua casa os quadros precisam estar tombados levemente para a direita.[8] Jô é sobrinho de Togo Renan Soares, conhecido como "Kanela", ex-treinador da seleção brasileira de basquetebol. No dia 1 de outubro de 2012, levou ao ar um programa especial que reprisou uma entrevista com Lolita Rodrigues e Nair Bello em homenagem à apresentadora Hebe Camargo, com quem declarou ter vivido intensas alegrias.
O apresentador fala, com diferentes níveis de fluência, cinco idiomas: português, inglês, francês, italiano e espanhol, além de bons conhecimentos de alemão. Traduziu um álbum de histórias em quadrinhos de Barbarella, criação do francês Jean-Claude Forest.[9] Jô Soares é católico, sendo devoto de Santa Rita de Cássia.[10] No dia 25 de julho de 2014, Jô Soares foi internado no Hospital Sírio-Libanês, para tratar de uma pneumonia, permanecendo no hospital por 22 dias.[11][12]
No dia 31 de outubro de 2014, morreu seu único filho, Rafael Soares, no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio de Janeiro. No dia 3 de novembro, Jô dedicou o programa ao seu filho, em que fez um discurso contando um pouco da história dele.[13] No dia 4 de agosto de 2016, foi eleito para a Academia Paulista de Letras, assumindo a cadeira 33, que pertenceu ao escritor Francisco Marins.[14]
https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%B4_Soares#:~:text=Jos%C3%A9%20Eug%C3%AAnio%20Soares%2C%20mais%20conhecido,Programa%20do%20J%C3%B4%20na%20Globo.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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