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sexta-feira, 7 de junho de 2024

TEMPO RICO

 Clerisvaldo B. Chagas, 5 de maio de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.056



O mês de junho para nós sertanejos alagoanos, representa muita festa junina e esperança total no campo. Nosso chamado inverno, denominado pelo povo, tem início no outono e tira até o fim do inverno oficial. Portanto, apesar das incertezas dos climas no mundo, já tivemos início do período chuvoso desde o mês de abril, embora com poucas e alternadas chuvas. O mês de maio foi uma ótima alternância de chuva pouca e sol. Isso permitiu que todas as regiões alagoanas mostrassem nesta ocasião um verde cheio de matizes pelo Sertão, Agreste, Zona da Mata e Litoral. Essa chuva pouca e alternada é muito sadia para o campo e nutre esperanças na agropecuária que teremos um ano de fartura e de barriga cheia com se fala por aqui.

Barreiros e açudes estão cheios, o homem do campo cortando terra e plantando com a animação em alta. A Economia da região, em todos os setores não abandonou a certeza de um ano privilegiado. Como somos pobres em indústrias, temos um comércio crente, tanto pelas condições climáticas quanto pelos muitos festejos programados para os próximos dias. Assim, Festa da Juventude, Festa da Padroeira, Festa de Santo Antônio, Festa de São João, Festa de São Pedro e mais tarde, Festa de São Cristóvão, vão semeando com antecedência a mente dos que pensam em dinheiro. Sempre escutamos bombas no meio da noite e foguetes que antecipam a vontade do comportamento junino. São tantas festas que até falta fôlego para a narrativa.

Por outro lado, faz gosto viajar dentro do estado ou caminhar pela zona rural do Sertão. Mato verde, barragens cheias, riachinhos escorrendo, chuva fina nos telhados de argila. E para coroar a alegria sertaneja e agrestina, ordem de continuidade do Canal do Sertão, que pegará nessa etapa a metade da nossa pujante Bacia Leiteira. Melhor do que isso, só no Céu, mas ninguém quer ir agora. O alarme que autoridades falam nos alertas de tragédias de chuvas em Alagoas, talvez seja mais pelo trauma brasileiro do Rio Grande do Sul. Por enquanto, graças a Deus, o tempero do clima em solo alagoano segue um desenho de bondade e fartura que almejamos para todos os irmãos do campo e da cidade, ligados diretamente ao tempo. Ave!



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